Economia

Presidente da Petrobras apoia consulta sobre reajuste de combustíveis

Monteiro acredita que a Agência Nacional do Petróleo deveria atuar na regulação do preço dos combustíveis

Alessandra Azevedo
postado em 12/06/2018 17:56
Petrobras
O presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, afirmou nesta terça-feira (12/6) que apoia a iniciativa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) de realizar uma consulta pública a respeito da periodicidade do reajuste dos combustíveis. Após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente da estatal garantiu que a empresa "participará do processo de discussão".
Empossado em 5 de junho, após a renúncia de Pedro Parente, Monteiro ressaltou a importância de se "permitir que a ANP evolua na consulta pública", cujos resultados serão discutidos depois. "É importante participar dessa discussão, para que, ouvindo a sociedade como um todo, a gente possa discutir internamente e avaliar um novo contexto que vai sair ao final da consulta pública", afirmou.

Antes do encontro com Maia, o presidente da Petrobras esteve com o presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira (MDB-CE), com quem disse ter tido "uma conversa bastante transparente". "O presidente externou preocupações naturais em decorrência de tudo que aconteceu na greve dos caminhoneiros e houve uma troca de informações muito importante. Eu pude comunicá-lo da iniciativa da Petrobras, em abril deste ano, da abertura do mercado de refino para o Brasil", disse Monteiro.

Após a conversa, Eunício defendeu uma "previsibilidade" na política de reajustes da companhia. "Apesar de todo respeito que eu tenho pela empresa, nós estamos preocupados com o consumidor. A Petrobras errou quando fez vários aumentos no preço da gasolina", considerou.

O presidente do Senado acredita que a ANP deveria atuar na regulação do preço dos combustíveis. "Aproveitei a oportunidade para dizer para ele que precisávamos ter duas coisas que defendo há muito tempo. A primeira é uma política na Petrobras de previsibilidade, em respeito ao consumidor. O segundo item (...) é que a agência tivesse participação efetiva nessa discussão", pontuou Eunício.

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