Os postos do Plano Piloto ainda resistem a uma diminuição mais intensa do preço da gasolina. A maioria, apesar de ter reduzido os valores, manteve o litro acima dos R$ 4,50, com variações, muitas vezes de apenas R$ 0,01. Ontem, entrou em vigor mais uma diminuição do preço do combustível nas distribuidoras, a gasolina passou de R$ 1,9178 para R$ 1,8941. Pesquisa do Correio em 30 estabelecimentos mostra que o litro, em média, é vendido nas asas Norte e Sul por R$ 4,55, enquanto que na EPTG chega a R$ 4,19.
Para a sócia da área de defesa da concorrência do L.O. Baptista Advogados Patrícia Agra, a diferença de preço de acordo com a região da cidade tem a ver com a renda média das pessoas que frequentam os estabelecimentos. ;A EPTG recebe um consumidor, teoricamente, com menor renda. O fornecedor colocará o preço que o consumidor estiver disposto a pagar;, explicou. Ela afirma que isso é um fenômeno atrelado à oferta e demanda, quando a necessidade do consumidor pelo produto nomeia o preço do mesmo. ;Ela cobra mais caro porque o consumidor está disposto a pagar um pouco mais caro para abastecer ali;, informou.
Patrícia também explicou que ocorre uma diferença de custo para manter um estabelecimento no Plano Piloto e na EPTG. Segundo ela, por ser mais caro ter um posto na Asa Norte do que em Águas Claras, esse custo pode ser repassado ao preço do produto. Mesmo assim, ela explica que a demanda tem mais peso na hora de estabelecer o valor do combustível do que a variação de tributação e de custo de local para local.
Para a enfermeira Ivia Nara Anibal, 28 anos, ainda vale a pena abastecer na Asa Norte. Segundo ela, por mais que seja um pouco mais caro do que na EPTG, compensa se fidelizar aos postos. ;Eu sempre junto meus pontos para economizar aos pouquinhos;, disse. Ela explica que, desde que começou a usar o cartão de dédito, começou a ver a diferença que essas promoções podem fazer na hora de abastecer.
* Estagiário sob supervisão de Rozane Oliveira.