Economia

Bovespa perde quase 30% de valor de mercado em dólares em 2018

Oscilação no câmbio registra US$ 317,9 bilhões em perdas no valor dos ativos entre 26 de janeiro e 21 de junho. Bancos lideram o ranking de 20 empresas listadas pela Economática, junto com Ambev e Petrobras

Rosana Hessel
postado em 25/06/2018 12:38
Bolsa de Valores de São Paulo
O valor de mercado em dólares da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) encolheu quase 30% em 2018, de acordo com levantamento feito pela Economática e divulgado nesta segunda-feira (25/06). O pico de valorização ocorreu em 26 de janeiro de 2018, quando os ativos da bolsa paulista atingiram US$ 1,070 trilhão, patamar que não era registrado desde setembro de 2014 e que não foi superado: US$ 1,173 trilhão.

Desde então até a última quinta-feira (21/6), data em que se registra o menor valor de mercado das empresas, a consultoria informou que as perdas somaram US$ 317,9 bilhões ou 29,7% de queda. ;No dia 21 de junho a bolsa brasileira atinge o menor valor de mercado no ano de 2018 com US$ 752,1 bilhões, valor equivalente ao do mês de julho de 2017;, destacou o gerente de relação institucional da Economática, Einar Rivero. Até sexta-feira (22), no entanto, a desvalorização acumulada ficou em 28%, para US$ 761,8 bilhões.

Na comparação em real, o pico de valorização ocorreu em 12 de março, de R$ 3,4 trilhões, e o menor valor de mercado registrado ocorreu em 18 de junho, de R$ 2,84 trilhões. Nesse intervalo , nesse período a queda nominal é de R$ 604,1 bilhões, ou 17,5%.

Bancos perdem mais

Entre as 20 empresas que mais perderam valor de mercado em dólares entre 26 de janeiro e 22 de junho, quatro delas são do segmento bancário. A maior queda é a do banco Itaú Unibanco, de US$ 36,5 bilhões, ou de 36,4%, passando de US$ 100,2 bilhões para US$ 63,8 bilhões. No mesmo período, o Bradesco, que teve a segunda maior desvalorização em valores nominais, de US$ 34,3 bilhões, mas teve queda maior em valores percentuais, de 43,7%, no preço de seus ativos. Banco do Brasil e Santander registraram perdas de US$ 15,4 bilhões e US$ 14 bilhões, respectivamente, e ocuparam a quinta e a sexta colocação no ranking.

Ambev registrou desvalorização de US$ 33,5 bilhões e ocupou a terceira colocação e, em quarto, ficou a Petrobras, com perdas de US$ 29,3 bilhões, no mesmo período.

A maior queda percentual de valor de mercado entre as 20 maiores quedas nominais em dólares é da BRF, 56,1%. A Telefonica registrou a menor perda em percentual, de 26%, a única a ficar abaixo de 30% nesse ranking.

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