Paulo Silva Pinto
postado em 29/06/2018 06:00
A recessão dos últimos dois anos atingiu em cheio os serviços públicos das cidades brasileiras, assim como o emprego e a renda da população ; entre as exceções, estão as áreas onde predomina o agronegócio. No geral, as condições sociais e econômicas estão abaixo do que se via em 2013, mostra o Índice de Desenvolvimento Municipal da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
O resultado com os dados de 2016, os mais recentes disponíveis, ficou em 0,6678 ponto em um máximo de 1. Em 2013, era de 0,6715. A queda começou em 2014 e continuou em 2015. Em 2016, houve recuperação em relação a esses dois anos, mas não em comparação a 2013, o auge da série histórica iniciada em 2006.
A educação e a saúde têm melhora contínua, ainda que com avanço menor durante a recessão. Já o emprego e a renda caíram. É o que aconteceu em Brasília, de forma mais acentuada do que a média brasileira. A cidade passou da 10; posição em 2015 para a 13; em 2016. Em todo o país, as projeções mostram que a recuperação vai demorar. ;No aspecto emprego e renda, só em 2027 voltaremos ao nível de 2013;, explicou Jonathas Goulard Costa, coordenador de Estudos Econômicos da Firjan.
Só cinco municípios apresentam alto desenvolvimento nesse item. Dois deles estão na região Centro-Oeste, incluindo Cristalina (GO), onde o agronegócio é forte.
A menor velocidade de avanço na saúde e na educação é preocupante, disse Costa, porque a situação da maior parte dos municípios ainda é precária. ;O maior problema não é dinheiro. É gestão. Pode-se avançar com ações simples.;.