Economia

Taxas futuras de juros recuam com dólar antes de leilão de Tesouro

Lá fora, embora as disputas comerciais entre Estados Unidos e China continuem no radar, o clima é mais ameno e deixa dólar fraco ante o real

Agência Estado
postado em 03/07/2018 09:50
Os juros futuros operam em baixa na manhã desta terça-feira (3/7), na esteira do dólar fraco no exterior e ante o real, diante da melhora do ambiente de negócios internacional. As taxas futuras são influenciadas também pelo leilão de compra e de venda de Notas do Tesouro Nacional - Série B (NTN-B), pela manhã (11h).

Lá fora, embora as disputas comerciais entre Estados Unidos e China continuem no radar, o clima é mais ameno, após o presidente Donald Trump ter afirmado que os EUA não sairão da Organização Mundial do Comércio (OMC) e que irá anunciar novos acordos comerciais em breve.

Já a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o ministro do Interior, Horst Seehofer, chegaram a um acordo na noite desta segunda-feira, 2, sobre a questão imigratória, garantindo a sobrevivência de Merkel no cargo.

Na segunda, os contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) deram continuidade à devolução de prêmios, em meio à percepção de que a Selic tende a ficar estável em 6,50% ao ano nos próximos meses Assim, as taxas fecharam em baixa, comportadas ante o avanço do dólar ante o real, que fechou a segunda-feira a R$ 3,9094, maior patamar desde 7 de junho. No câmbio, há um movimento de realização de ganhos, após o dólar à vista ter acumulado no ano até ontem ganhos de 17,91%.

Às 9h30, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 indicava 8,22%, de 8,28% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 estava a 9,18%, de 9,25% no ajuste anterior, enquanto o DI para janeiro de 2023 recuava a 10,59%, de 10,67% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista caía 0,39%, aos R$ 3,8940. O dólar futuro de agosto recuava 0,55%, a R$ 3,9035.

Mais cedo, o IBGE informou que o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou alta de 2,33% em maio. A taxa de abril foi revisada de uma elevação de 1,56% para avanço de 1,58%. Com o resultado de maio, o IPP das indústrias de transformação e extrativa acumulou aumento de 5,96% no ano e elevação de 10,45% em 12 meses.

Já a Fipe divulgou que a inflação na cidade de São Paulo subiu 1,01% em junho, ganhando força significativa em relação ao avanço de 0,19% registrado em maio, mas desacelerando um pouco frente ao acréscimo de 1,07% observado na terceira quadrissemana do mês passado.

O resultado ficou praticamente no piso do intervalo de 11 estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, que ia de alta de 1,02% a 1,29%, com mediana de 1,16%. Ao longo do primeiro semestre de 2018, o IPC-Fipe acumulou inflação de 1,23%. No período de 12 meses até junho, o índice apresentou ganho de 2,51%.

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