Economia

Governo anuncia R$ 4 bilhões de crédito para beneficiários do Bolsa Família

A ideia do governo é promover autonomia, emancipação e progresso para as pessoas assistenciadas, defende o ministro do Desenvolvimento Social, Adalberto Beltrame

Rodolfo Costa
postado em 05/07/2018 18:38
Mão segura cartão do Bolsa Família
O governo federal vai liberar mais R$ 4 bilhões em microcrédito para o Plano Progredir, programa que atende a beneficiários do Bolsa Família e inscritos no Cadastro Único do Governo Federal. Os recursos poderão ser tomados no Banco do Nordeste, na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil e no Santander. Os juros variam, mas podem ser tomados por 1% ao mês ou menos.

O Progredir é uma espécie de porta de saída do Bolsa Família. Foi instituído em setembro do ano passado com o intuito de possibilitar que os beneficiários empreendam e se qualifiquem. Naquele mês, em 10 meses, foram concedidos R$ 3,35 bilhões em microcrédito para mais de 1,1 milhão de pessoas do Cadastro Único. O valor superou a meta previamente estipulada, de R$ 3 bilhões.

A ideia do governo é promover autonomia, emancipação e progresso para as pessoas assistenciadas, defende o ministro do Desenvolvimento Social, Adalberto Beltrame. ;É preciso avançar e isso é a resposta do Progredir;, disse. Para o auxiliar do presidente Michel Temer, não basta apenas transferir pobreza. ;A pobreza é multidimensional e se combate com outras transferências de renda. As políticas sociais devem ser libertadoras. Devem ser promotoras de autonomia, de emancipação, e não de mais dependência;, destacou.

O discurso de emancipação também foi endossado por Temer. Para o emedebista, o combate à pobreza não é pautado pelo mero assistencialismo. ;Mas pautado precisamente pela exata ideia da ascensão social que se faz por este sistema que estamos adotando;, ressaltou. O presidente enalteceu ainda a redução da inflação e dos juros conquistada nos últimos dois anos que, na avaliação dele, repercutirá no microcrédito anunciado. ;Os juros não serão exorbitantes. Serão até muito especiais para quem o governo luta não apenas para assisti-los;, declarou.

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