Economia

FMI piora as projeções de expansão do PIB brasileiro em 2018

Fundo reduz de 2,3% para 1,8% a expectativa de crescimento da economia deste ano, acima da mediana do mercado, de 1,5%, e mantém em 2,5% a previsão de 2019.

postado em 16/07/2018 12:03
Ilustração do PIB
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu de 2,3% para 1,8% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2018, conforme a atualização do relatório Panorama Econômico Global (World Economic Outlook, na sigla em inglês) de abril, divulgada nesta segunda-feira (16/07) pelo organismo multilateral. Para 2019, a entidade manteve a projeção de expansão da economia brasileira em 2,5%.

Com essa nova previsão sobre o Brasil, o Fundo ainda está mais otimista que o mercado. A mediana das estimativas do PIB deste ano computadas no Boletim Focus junto a 100 entidades financeiras pelo Banco Central, caiu de 1,53% para 1,5% nesta semana, conforme dados divulgados hoje. Na próxima sexta-feira (20), durante a divulgação do relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, a equipe econômica deverá anunciar corte na previsão atual de expansão do PIB em 2018, de 2,5%, para 1,6%. Logo, até o governo ficará mais pessimista que o FMI em relação ao país. No bimestre anterior, o governo tinha reduzido de 3% para 2,5% a estimativa para a expansão da atividade neste ano.

Essa redução no PIB brasileiro, que tem um forte peso na economia da América Latina, fez o órgão reduzir de 2% para 1,6%, a estimativa de avanço da economia da região neste ano, e de 2,8% para 2,6%, a alta esperada em 2019.

Pelas estimativas do Fundo, o Brasil crescerá menos que o México, que deverá avançar 2,3%, neste ano, e 2,3%, no ano que vem. O Fundo não alterou a previsão do PIB mexicano de 2018, mas reduziu em 0,3 ponto porcental a de 2019.

O órgão manteve as estimativas de crescimento global em 3,9% neste ano e no próximo, mas reduziu em 0,1% taxa de expansão das economias desenvolvidas em 2018, de 2,5% para 4%. As projeções dos países emergentes mantiveram-se estáveis, em 4,9%, para este ano, e em 5,1%, para o ano que vem. Pelas previsões do Fundo, neste ano, China crescerá 6,5%; Índia, 7,3%, Rússia 1,7% e África do Sul, 1,5%.

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