Economia

Governo registra rombo de R$ 16,4 bilhões em junho, 2º pior da história

Resultado fiscal no semestre ficou negativo em R$ 32,9 bilhões, o menor deficit primário desde 2015

Rosana Hessel
postado em 27/07/2018 15:42

O governo federal registrou deficit primário de R$ 16,4 bilhões em junho de 2018 nas contas combinadas do Tesouro Nacional, do Banco Central e da Previdência Social, todos com resultados negativos no período, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (27/07) pelo Tesouro.

[SAIBAMAIS]Esse resultado é o segundo pior para o mês da série histórica, iniciada em 1997, e só fica atrás do rombo de R$ 19,8 bilhões (em valores correntes) de junho de 2017. No acumulado do ano, o saldo negativo é de R$ 32,9 bilhões, o menor deficit primário no primeiro semestre desde 2015.

A receita líquida cresceu 2%, em termos reais (descontada a inflação) em junho na comparação com o mesmo período de 2017, para R$ 88,3 bilhões. As despesas, encolheram 1,1% no mesmo período, para R$ 105,2 bilhões. Isso resulta em um deficit de R$ 16,9 bilhões, que descontado o rescaldo de R$ 521 milhões do resgate do Fundo Soberano, acaba resultando no deficit de R$ 16,4 bilhões divulgado pelo Tesouro para o sexto mês do ano. Esse montante inclui o deficit do Tesouro, de R$ 1,9 bilhão; o do BC foi de R$ 22 milhões e o da Previdência, de R$ 14,5 bilhões.

No semestre, a receita líquida das contas da União cresceu 9,5%, em termos reais, sobre o mesmo período de 2017, para R$ 599,6 bilhões. Já as despesas tiveram aumento de 5,4%, para R$ 636,5 bilhões, resultando em um saldo negativo de R$ 36,9 bilhões. No entanto, o resgate de R$ 4 bilhões do Fundo Soberano no ano reduziu esse deficit para os R$ 32,9 bilhões divulgados pelo órgão, valor R$ 43,9% menor do que os R$ 56,5 bilhões registrado de janeiro a junho do ano passado.

O deficit primário acumulado em 12 meses somou R$ 103,2 bilhões, equivalente a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta fiscal prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) permite um rombo de até R$ 159 bilhões nas contas do governo federal. O governo prevê um saldo de R$ 157,2 bilhões, o equivalente a 2,27% do PIB, mas já tem sinalizado que pretende cumprir a meta cheia devido a gastos extraordinários, como o subsídio para o diesel, que devem somar a R$ 13,5 bilhões.

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