Economia

Petrobras lucra R$ 17 bilhões no primeiro semestre de 2018

No segundo trimestre, lucro passa de R$ 10 bilhões. Resultado positivo é influenciado pelo aumento das cotações internacionais do petróleo e pela variação cambial

Simone Kafruni
postado em 03/08/2018 08:58
Fachada da Petrobras

O aumento do preço do petróleo no mercado internacional e a variação cambial, com a valorização do dólar, foram responsáveis pelo lucro de R$ 17 bilhões da Petrobras no primeiro semestre de 2018. O aumento em relação ao primeiro semestre de 2017, quando o lucro líquido foi de R$ 4,8 bilhões, foi de 257%, divulgou a companhia, nesta sexta-feira (3/08), durante apresentação do balanço.

[SAIBAMAIS]Os desenvestimentos e a entrada de caixa de US$ 5 bilhões permitiram à estatal reduzir o endividamento líquido em 13% em relação a dezembro de 2017, para US$ 73,66 bilhões. Com isso, o total da dívida passou a corresponder a 3,23 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ajustado), comparado a 3,67 no fim de 2017. A meta da empresa é chegar ao fim do ano com o indicador em 2,5.

Trimestre


No segundo trimestre do ano, a Petrobras registrou lucro líquido de mais de R$ 10 bilhões, cerca de 32 vezes maior que o resultado de R$ 316 milhões no mesmo intervalo de 2017. Em comparação com o primeiro trimestre, foi apurado um aumento de 44,7%.

A receita de vendas foi de R$ 84,3 bilhões, alta de 25,9% ante o segundo trimestre de 2017 e de 13% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. A receita ficou dentro da média de R$ 82,2 bilhões esperada pelos analistas

O resultado positivo vai permitir à Petrobras antecipar o pagamento aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 0,05/ação para ambas as classes de ações. O pagamento, no valor total de R$ 652,2 milhões, ocorrerá em 23 de agosto de 2018. O valor acumulado das antecipações no primeiro semestre é de R$ 1,3 bilhão.

Vendas


Apesar do bom resultado, no primeiro semestre, houve redução no volume de vendas no Brasil, principalmente da gasolina, em função de maior concorrência do etanol e do aumento do teor de biodiesel na mistura, e queda no volume de petróleo exportado. A participação da Petrobras no mercado de diesel aumentou de 74%, em 2017, para 87% em junho de 2018. Na gasolina, o aumento foi de 83% em 2017 para 85% em junho de 2018.

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