Bruno Santa Rita*
postado em 07/08/2018 18:38
O risco de desequilíbrio entre oferta e demanda no setor imóveis residências do Distrito Federal (DF) é latente. O presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi), Paulo Muniz, disse em entrevista para o CB Poder ; uma parceria entre a TV Brasília e o Correio ; que a capital já não conta mais com a média histórica de 9 mil imóveis em oferta. ;Hoje, nós estamos com apenas 3,8 mil unidades em oferta. Isso é um desequilíbrio na oferta e procura;, analisou.
Segundo Muniz, essa realidade é fruto do desânimo do incorporador imobiliário, que adotou uma postura defensiva diante da crise econômica. ;Nós não fizemos novos lançamentos, nem realimentamos o mercado. Isso desanima o incorporador;, constatou. No entanto, ele prevê uma tendência de aumento para a oferta nos próximos anos, mas evita fazer previsões de quantos lançamentos serão feitos.
O presidente da Ademi acredita que uma das medidas que pode ajudar a reaquecer o mercado imobiliário no DF é aprovar a lei do distrato, que aguarda para ser votada no Congresso Nacional. Com isso, seria possível garantir mais segurança jurídica para o setor. ;Temos um momento político que não temos segurança. Alguns incorporadores estão adiando lançamentos para o ano que vem. No mês de maio, tivemos três lançamentos com volumes maiores do que o normal de apartamentos;, explicou.
Muniz indicou que a hora de comprar imóveis, para quem tem a intenção de morar, é agora. ;Precisa-se pensar bem. A nossa oferta está baixa e não tem sinalização imediata de aumentar. Se deixar para comprar mais tarde, pode ser que fica ainda mais caro;, informou. Ele também analisou que as eleições têm papel fundamental na precificação dos imóveis. ;O momento é de indefinição. Não temos muitas opções no atual governo. Isso leva muitas pessoas a ficarem no compasso de espera;, declarou.
Confira a entrevista completa:
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*Estagiário sob supervisão de Roberto Fonseca