Andressa Paulino*
postado em 09/08/2018 06:00
[SAIBAMAIS]Segundo a pesquisa do CNDL/SPC Brasil, 40% dos brasileiros recorreram a alguma modalidade de crédito, sendo o cartão de crédito o mais comum. Para a bancária, Martha Oliveira, 52 anos, a flexibilidade de poder parcelar, torna a compra atrativa. ;Como minha mãe é idosa, eu chego a gastar 20% da minha renda com medicamentos. Quando não tenho o valor total da fatura, opto pelo pagamento com o cartão. Além de poder adiar o pagamento, ainda posso dividir o valor;, explicou.
Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a onda crescente de uso do rotativo não é de agora. ;A gente vê um movimento ruim do cartão de crédito desde sempre;, afirma. De acordo com ela, as pessoas acabam escolhendo o cartão para compras que deveriam privilegiar o pagamento à vista. ;Nós ainda estamos em um momento muito incerto economicamente. O cartão precisa ser usado com cautela;, aconselhou Marcela.
A fotógrafa Mônica de Albuquerque, 51, conta que mesmo não gastando muito com medicamentos, prioriza sempre o pagamento em débito. Para Mônica, o uso do rotativo pode acabar se tornando uma bomba relógio para quem não tem controle econômico. ;Eu prefiro gastar de acordo com o que eu tenho. Gastos com cartão são um risco, já que você gasta um dinheiro que não é seu;, acrescentou.* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira