Simone Kafruni
postado em 14/08/2018 11:50
Em recuperação judicial, a operadora Oi anunciou prejuízo de R$ 1,25 bilhão no segundo trimestre deste ano. O balanço foi divulgado na noite de segunda-feira (13/8). Conforme a companhia, a receita líquida total no Brasil foi de R$ 5,49 bilhões, uma queda de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando ficou em R$ 5,79 bilhões. No acumulado do primeiro semestre, a receita de R$ 11,2 bilhões recuou 6,5% ante o primeiro semestre de 2017.
Apesar dos números negativos, a companhia ressaltou que o prejuízo de R$ 1,25 bilhão é 70% menor do que o registrado no segundo trimestre do ano passado, quando as perdas somaram R$ 4,13 bilhões. Este ano, o investimento da empresa cresceu 10,9%, para R$ 1,36 bilhão, ante R$ 1,23 bilhão investido no mesmo período do ano passado.
O resultado operacional da operadora, medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), chegou a R$ 1,563 bilhão, ante R$ 1,617 bilhão no segundo trimestre do ano passado. Em comunicado, a companhia destacou que converteu a dívida em ações, como previsto no plano de recuperação, e que ;trabalha na execução do aumento de capital;.
Segundo a Oi, com os R$ 4 bilhões que devem ser injetados pelos novos acionistas até fevereiro do próximo ano, a operadora pretende investir na rede de acesso de banda larga fixa e móvel, ampliando a cobertura 4G e 4.5 G.
Ganhos incorporados
No primeiro semestre de 2018, a Oi somou receita líquida de R$ 11,21 bilhões e teve lucro de R$ 29,28 bilhões ao incorporar os ganhos da recuperação judicial. No período, os investimentos somaram R$ 2,5 bilhões, praticamente o mesmo valor de 2017.
Dentre os destaques do balanço está o controle de custos, com redução de R$ 256 milhões no trimestre em comparação ao mesmo período o ano passado e o corte de R$ 575 milhões no semestre.
Usuários
A Oi fechou o período com 8,82 milhões de clientes de telefonia fixa, 5 milhões de acessos em banda larga fixa, 1,544 milhão de assinaturas de TV paga e 36,47 milhões usuários de telefonia celular.
As justificativas para o desempenho foram a queda no tráfego de voz no fixo e no móvel e a alta taxa de desemprego, que ;influenciou negativamente os volumes de recargas do pré-pago;. Segundo a companhia, o crescimento de receita da TV paga e de dados compensou os impactos negativos.
A Oi encerrou junho com 3.407 municípios com cobertura 2G, 1.629 cidades com 3G, um aumento de 9% em relação ao mesmo mês de 2017, e 834 cidades com cobertura 4G, avanço de 192%.