Economia

Economia de todas as regiões do país encolheram entre março e maio, diz BC

Boletim regional da autoridade monetária mostra que greve dos caminhoneiros afetou negativamente todas as regiões do Brasil

Antonio Temóteo
postado em 17/08/2018 10:49
Em maio, a greve dos caminhoneiros impactou principalmente as indústrias de alimentos, produtos químicos e de veículos, além dos serviços de transporte
Todas as regiões do Brasil registraram retração econômica no último trimestre encerrado em maio, conforme dados do Boletim Regional do Banco Central (BC). No No Norte, o crescimento da atividade nos últimos cinco trimestres foi interrompido pela greve dos caminhoneiros. Conforme a autoridade monetária, houve um crescimento das vendas do comércio, em parte, pela antecipação de compras em razão do temor de desabastecimento. Além disso, a região registrou geração de mais postos de trabalho formais em comparação aos anos anteriores.O Índice de Atividade Econômica Regional da Região Norte (IBCR-N) recuou 1,6%, em relação ao trimestre encerrado em fevereiro.

A economia do Nordeste tem apresentado recuperação mais moderada, com oscilações nos principais indicadores, detalhou o BC. A paralisação do transporte de carga teve efeitos negativos, porém transitórios, na indústria local e em outros segmentos importantes. Diante desse contexto, o IBCR-NE recuou 2,3%. Apesar da forte retração, a elevação da confiança dos consumidores e o crescimento da produção agrícola regional contribuem para a retomada da atividade nos próximos trimestres.

Após o impulso gerado pela safra recorde de 2017, a atividade econômica no Centro-Oeste, teve um ritmo de expansão mais moderado, detalhou o BC. Em maio, a greve dos caminhoneiros impactou principalmente as indústrias de alimentos, produtos químicos e de veículos, além dos serviços de transporte. Entretanto, os efeitos da paralisação na região foram menores que os estimados na atividade nacional. ;Nesse contexto, o IBCR-CO contraiu 0,7% no trimestre encerrado em maio;, sinalizou o BC.

No Sudeste, o crescimento do comércio, acima da média nacional, e as reduções na produção da indústria e no setor de serviços em magnitudes menores do que as assinaladas para o país implicaram retração menos intensa da atividade, no período analisado. O IBCR-SE recuou 0,6% no trimestre encerrado em maio. O consumo das famílias segue liderando o processo de retomada, em parte impactado pelo incremento nas operações de crédito às pessoas físicas e pelo crescimento da massa salarial, informou o BC.

No Sul, a greve dos caminhoneiros afetou negativamente a região. O IBCR-S encolheu 2,6% em maio, após crescimento de 1,7% em abril. O movimento interrompeu a tendência de recuperação da economia puxada pelo setor industrial. Nesse contexto, o IBCR-S variou -1,5% no trimestre finalizado em maio.

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