Hamilton Ferrari
postado em 23/08/2018 17:46
Pelo sétimo dia consecutivo, o dólar fechou em alta nesta quinta-feira (23/8), cotado aos R$ 4,123. O salto foi de 1,65%. É o maior registrado desde 21 de janeiro de 2016, quando fechou a R$ 4,166. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), caiu 1,65%, aos 75.633 pontos.
[SAIBAMAIS]O movimento de alta na moeda norte-americana foi global, mas a tendência é potencializada com as incertezas eleitorais no país. O mercado ainda avalia como será o comportamento do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) para a definição de juros.
Na prática, se os EUA aumentam as taxas, há uma fuga de capital de países emergentes, incluindo o Brasil, o que é prejudicial para os ativos brasileiros. Tanto o Fed, quanto o BCE (banco central europeu) estão preocupados com efeitos da guerra comercial na economia norte-americana, o que limitaria a alta de juros no país.
No Brasil, os investidores estão insatisfeitos com Geraldo Alckmin (PSDB) nas pesquisas de intenção de votos. O tucano é o preferido do mercado por ser considerado como reformista. Apesar disso, últimas pesquisas revelam que ele está atrás de três oponentes.
A iminência de Fernando Haddad (PT) no segundo turno também assusta os economistas. Isso porque o cabeça de chapa, Luiz Inácio Lula da Silva, tem 37% das intenções de voto, com grande potencial para transferência de eleitores para Haddad. O partido se demonstra contra as reformas implementadas.