Economia

CNA defenderá no STF que tabela do frete pode provocar queda nas exportações

Os dados da Confederação apontam para possível perda de 19.00 a 52.00 postos de trabalho

Agência Estado
postado em 27/08/2018 15:33

Homem segura uma grande senta em sentido descendente

As exportações brasileiras poderão sofrer redução de 2% a 10% com a alta do frete rodoviário, provocada pela tabela de preços mínimos. Com isso, a perda de postos de trabalho será de 10.000 a 52.000, segundo estimativas que serão apresentadas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nesta segunda-feira (27/8), na audiência promovida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux para discutir o tabelamento. A CNA é autora de uma das ações de inconstitucionalidade movidas contra o tabelamento. A iniciativa foi tomada também pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Associação do Transporte Rodoviário de Carga (ATR).

[SAIBAMAIS]Os autores das ações serão ouvidos na audiência, assim como representantes da Advocacia Geral da União, Ministério dos Transportes, Agência Nacional de Transportes Terrestres, Confederação Nacional dos Transportadores Autonômos, Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica e Secretaria de Promoção da Produtividade e Advocacia da Concorrência.

Os dados da CNA apontam para uma alta de 50,88% a 119,69% no frete de Sorriso (MT) até o Porto de Santos (SP), dependendo se é ou não cobrado o frete de retorno. Segundo estimativas da consultoria LCA a serem exibidas pela entidade, o IPCA de fevereiro de 2019 passará de uma alta de 4,44% para pelo menos 6,50%. O aumento será sentido em produtos de consumo diário, como uma alta de 3,7% a 8,6% no preço do leite resfriado, de 3,5% a 8,1% na farinha de trigo e derivados e de 3,3% a 7,8% no preço do arroz.

A indústria também será duramente impactada pela tabela do frete. Conforme informou o jornal em sua edição de sábado, a alta média no preço do frete é de 12%, ao passo que insumos e matérias-primas já registram alta média de 7%.

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