Economia

Acordo entre México e EUA favorece emergentes e juros fecham em baixa

Agência Estado
postado em 27/08/2018 16:55
Os juros futuros fecharam a sessão desta segunda-feira, 27, em baixa nos principais vértices da curva a termo, com recuo mais firme na ponta longa, uma vez que este trecho vinha acumulando mais prêmio nos últimos dias e também porque é o mais sensível ao cenário externo, que nesta segunda conduziu os mercados de maneira geral. O fechamento do acordo entre os governos do México e dos Estados Unidos alimentou o apetite ao risco tanto na renda fixa quanto no câmbio, com o dólar no Brasil negociado abaixo dos R$ 4,10 no período da tarde. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou com taxa de 8,45%, de 8,50% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2021 recuou de 9,68% para 9,61%. A taxa do DI para janeiro de 2023 encerrou a 11,18%, de 11,27% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2025 recuou de 11,99% para 11,89%. "O principal vetor hoje é o exterior, com o bom desempenho dos ativos de emergentes. O acordo reduz um pouco da tensão em relação à guerra comercial", disse o economista da Mongeral Aegon Investimentos Breno Martins. Os Estados Unidos e o México fecharam um acordo comercial nesta segunda-feira que abriu caminho para substituir o Nafta. Pelo acordo, ao menos 75% das autopeças usadas nos veículos fabricados nos territórios americano e mexicano devem ter origem nesses dois países. Além disso, segundo o governo americano, o acordo estipula "novas regras que manterão acesso livre de obrigações a bens agrícolas de ambos os lados da fronteira". O governo americano deve retomar agora conversas com o Canadá, talvez ainda nesta semana. No Brasil, a agenda, que trouxe pesquisa Focus, dados do balanço de pagamentos e da dívida pública de julho, ficou em segundo plano. A maior expectativa é com o cenário eleitoral, em especial com o início da propaganda de rádio e TV que, para os candidatos a presidente, começa no sábado. A esperança dos investidores é de que o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, consiga engatar uma evolução nas pesquisas de intenção de votos depois disso, uma vez que é o presidenciável que terá o maior tempo na TV, 5,32 minutos. Nos demais ativos, às 16h35, o dólar à vista era cotado em R$ 4,0878 (-0,43%) e o Ibovespa subia 2,03%, aos 77.812,99 pontos.

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