Agência Estado
postado em 28/08/2018 17:21
A comissão que investiga o incêndio ocorrido na Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, no último dia 20, trabalha com a hipótese de falha mecânica como causa do acidente. O equipamento que mede a pressão do tanque de águas ácidas estava com problema de leitura e, por isso, não foi capaz de demonstrar a pressão excessiva da unidade no momento da explosão, segundo o Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro-SP), que mantém representante na comissão de investigação.
Procurada, a Petrobras, proprietária da refinaria, ainda não se pronunciou.
Gustavo Marsaioli, diretor da entidade sindical, afirma que a constatação de que houve falha mecânica não afasta, porém, o erro humano também, porque as unidades produtivas afetadas pela explosão tinham acabado de passar por uma inspeção, durante um período de parada programada para manutenção, e, em tese, estariam prontas para operar por vários anos.
"A comissão de investigação não foi concluída. Mas já se sabe que houve falha em equipamentos. Agora, a comissão analisa por que ocorreram essas falhas", disse Marsaioli.
O incêndio na Replan começou com a explosão de um tanque que faz parte da unidade de tratamento de água ácida. O fogo, então, se espalhou por outras duas unidades - de craqueamento catalítico e destilação atmosférica. O incêndio atingiu também parte da tubulação principal, que interliga diferentes unidades da refinaria.