Economia

Confiança do consumidor dos EUA forte apoia novos recordes de S 500 e Nasdaq

Agência Estado
postado em 28/08/2018 18:44
Os mercados acionários americanos voltaram a apresentar ganhos nesta terça-feira, 28, embora de forma modesta, reagindo positivamente à confiança do consumidor dos Estados Unidos. O movimento altista, no entanto, foi limitado devido a críticas do presidente americano, Donald Trump, a gigantes de tecnologia, como Google e Facebook. O índice Dow Jones terminou o dia com alta de 0,06%, aos 26.064,02 pontos; o S 500 subiu 0,03%, aos 2.897,52 pontos, após ultrapassar a marca dos 2,9 mil pontos no início do pregão; e o Nasdaq fechou com avanço de 0,15%, aos 8.030,04 pontos. O maior bull market da história das bolsas nova-iorquinas continuou a ocorrer nesta terça-feira à medida que investidores reagiram positivamente à alta confiança do consumidor americano. De acordo com o Conference Board, o índice de confiança subiu de 127,9 em julho para 133,4 em agosto, no maior nível desde agosto de 2000. "Todos os sinais são verdes para aumentos contínuos na confiança do consumidor. É isso o que estamos vendo", afirmou o economista-chefe da IHS Markit, David Deull. Isso proporcionou novas máximas históricas do S 500 e do Nasdaq, além de deixar o Dow Jones acima dos 26 mil pontos. Durante a maior parte do ano, a ameaça do protecionismo em solo americano reduziu o sentimento do mercado global. O resultado do acordo entre EUA e México, mesmo sem abarcar o Canadá por enquanto, é visto por alguns investidores como um indicador de um futuro acordo entre americanos e chineses. No entanto, para a estrategista-chefe de mercados globais da Invesco, Kristina Hooper, os agentes "superestimaram" as notícias vindas de americanos e mexicanos. O UBS também alertou contra a extrapolação do otimismo vindo do acordo EUA e México devido às relações não muito positivas entre Washington e Pequim. "Documentos do governo Trump demonstram que as preocupações atuais sobre a China vão além da questão restrita ao comércio, sugerindo que elas não irão se dissipar facilmente", apontou o banco suíço. No início da tarde, o secretário do Comércio americano, Wilbur Ross, foi fiel a essa interpretação ao afirmar que não houve avanço nas conversas entre autoridades chinesas e americanas na semana passada. As máximas históricas do S 500 e do Nasdaq aconteceram mesmo diante de críticas de Trump a empresas gigantes de tecnologia, como Google (-0,83%), Twitter (-1,11%) e Facebook (-0,68%). "Eles realmente tiraram vantagem de muita gente e é melhor eles terem cuidado", disse o republicano a repórteres no Salão Oval da Casa Branca. "Você não pode fazer isso com as pessoas", repetiu Trump, sem oferecer detalhes sobre o aviso público às techs. Durante a manhã, o diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow, comentou que o governo americano avalia se as pesquisas do Google deveriam ser reguladas.

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