Gabriel Ponte*
postado em 04/09/2018 06:00
O Banco do Brasil (BB) colocará em leilão amanhã a provável última projeção disponível do Setor Bancário Sul (SBS), centro financeiro do Distrito Federal (DF). O valor mínimo do terreno, localizado ao lado da sede da instituição, é de R$ 41,99 milhões. O leilão ocorrerá no Setor de Oficinas Norte (SOF/Norte), Quadra 01, Conjunto A, Lote 8, às 14h30, mas lances também poderão ser dados pela internet por meio do endereço https://multleiloes.vlance.com.br.Podem concorrer pessoas físicas e jurídicas. Para participar do leilão, não é necessário fazer depósito de caução. Após a compra, o arrematante deve desembolsar um sinal de 5% do valor, ou R$ 2,01 milhões, e complementar o restante do pagamento dentro de 30 dias.
De acordo com o leiloeiro Fernando Gonçalves, a expectativa é alta. ;Esse tipo de projeção não existe mais ali no Setor Bancário Sul. As expectativas são as melhores possíveis, até em relação a aumento do valor ofertado;, disse. Em nota ao Correio, o BB, proprietário do terreno, afirmou que a espera que haja disputa entre interessados.
No entanto, na visão de Eduardo Aroeira, presidente em exercício da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), a venda pode não ser fácil. ;O terreno é uma das joias restantes do centro tombado da capital. Em condições normais, haveria uma disputa muito grande. No entanto, não podemos afirmar isso com tanta certeza, já que, na atual conjuntura política e econômica do país, não sabemos como vão se portar os interessados diante do valor de quase R$ 42 milhões. Não dá para se dizer que o leilão será um sucesso;, avaliou.
Segundo Aroeira, a economia vive uma fase de incerteza, diante da indefinição das eleições presidenciais, e o que prepondera no ramo imobiliário é a cautela.;É possível que a venda não ocorra, devido ao valor elevado, além de se tratar de um imóvel comercial, que sofre ainda mais com as turbulências do país;, alertou.
Podem concorrer à licitação pessoas físicas ou jurídicas, associadas ou não, domiciliadas ou estabelecidas em qualquer parte do território nacional. Todavia, a participação é vedada para: integrantes do Conselho de Administração, da diretoria executiva ou do Conselho Fiscal do Banco do Brasil, bem como membros da Comissão de Licitação; pessoas que estiverem sofrendo penalidade de suspensão temporária imposta pelo BB; pessoas declaradas inconvenientes em qualquer esfera de governo; empresas sob falência, concordata, recuperação judicial ou extrajudicial, dissolução, liquidação, ou processo de execução. Também não podem entrar na disputa empresas impedidas de licitar e contratar com a União, e quem não atenda às exigências do edital.