Rosana Hessel
postado em 05/09/2018 20:08
O Tesouro Nacional anunciou nesta quarta-feira (05/9) mudança no Programa Anual de Financiamento (PAF) da Dívida Pública Federal (DPF). O órgão elevou a meta para os títulos indexados à Selic (taxa básica de juros) 2018 e alterou a previsão para a dívida bruta do governo geral em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) para o fim do ano. É a primeira mudança no PAF desde 2016 e a quarta desde a criação do programa, em 2001.
[SAIBAMAIS]Com isso, os limites mínimo e máximo para os títulos indexados à taxa flutuante, que passaram de 31% a 35% para 33% a 37% da DPF. Os intervalos dos demais papéis prefixados e os indexados ao câmbio e ao índice de preços não foram modificados. ;O ano tem sido bastante atípico, com elevado grau de incerteza internacional e doméstica;, afirmou o subsecretário da Dívida Pública do Tesouro, José Franco Medeiros de Morais. ;A LFT passou a ser o principal instrumento de financiamento e isso reduz o custo da divida e o nível de risco do próprio mercado;, justificou.
De acordo com o comunicado do órgão, ;as condições mais adversas do mercado, assim, requerem cautela na oferta de títulos públicos, em especial prefixados (LTN e NTN-F), e remunerados a índices de preços (NTN-B), como forma de evitar a adição de pressão sobre o próprio custo de financiamento do Tesouro Nacional;.
O Tesouro também elevou a previsão para a dívida bruta em relação ao PIB no fim do ano, de 75,6% para 77,0%. De acordo com o coordenador-geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública, Luiz Fernando Alves, esse aumento foi influenciado, principalmente, pela revisão de parâmetros como PIB deste ano, que passou de 2,5% para 1,6%, pelo câmbio mais valorizado.