Economia

Ibovespa retoma 76 mil pontos; investidor digere pesquisas em dia de vencimento

Agência Estado
postado em 17/09/2018 11:31
O Ibovespa renovou máximas e se firmou nos 76 mil pontos, nível onde não operava desde o dia 10 de setembro. O movimento vai na contramão dos seus pares nos Estados Unidos onde os índices mostram queda. De acordo com analistas, a volatilidade deve predominar na sessão de negócios desta segunda-feira, 17, diante de uma série de fatores internos e externos que vão tem impacto sobre as decisões de compra e venda dos investidores. No exterior, o clima é de compasso de espera pelas decisões a respeito da guerra comercial entre Estados Unidos e outros países. Por aqui, no dia de vencimento de opções por ações, deve pesar a cena política com o resultado de novas pesquisas de intenção de voto, além de Datafolha, divulgada na sexta-feira à noite. Pouco antes do fechamento deste texto, sondagem da CNT/MDA mostra o candidato pelo PSL, Jair Bolsonaro, um pouco mais forte na disputa do segundo turno frente a Fernando Haddad, do PT, e a Geraldo Alckmin, do PSDB. Diante desse cenário, a expectativa para definição da taxa básica de juros -que, segundo analistas deve ser de manutenção - acaba ficando em segundo plano. Mais cedo, o Banco Central divulgou que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), proxy do Produto Interno Bruto (PIB), subiu por mais um mês consecutivo. Registrou alta de 0,57% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal depois de avanço de 3,42% em junho (dado já revisado), em movimento de recuperação após a greve dos caminhoneiros. Lá fora, o clima é menos positivo com os investidores indicando certa cautela pela continuidade das tensões que envolvem a disputa comercial dos Estados Unidos com outros países. No radar, as negociações entre os Estados Unidos e Canadá, em que paira no ar a ameaça do presidente americano, Donald Trump, de excluir o país vizinho do acordo do Nafta. Paralelamente, continua a queda de braço entre Washington e Pequim. No final de semana, Lou Jiwei, ex-ministro das Finanças e atual presidente do fundo soberano da China afirmou que Pequim deveria pressionar os EUA a encerrar a disputa tarifária contendo exportações de produtos necessários para empresas americanas. E um conselheiro do governo chinês em questões de política externa teria dito que "a China não vai negociar com uma arma apontada para sua cabeça". Do lado das commodities, o desempenho é bom. Os contratos futuros de petróleo operam em alta pela manhã. Em paralelo, o minério de ferro no porto de Qingdao, na China, subiu 0,68%.

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