Rodolfo Costa
postado em 21/09/2018 14:50
O governo federal e os vencedores do último leilão de transmissão de energia elétrica assinaram nesta sexta-feira (21/9) os contratos de concessão para a construção e operação de 2,5 mil quilômetros de novas linhas. Pela União, rubricaram o presidente Michel Temer, o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, e o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone.
Serão investidos recursos na ordem de R$ 6 bilhões em 16 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Em troca, as empresas terão direito ao recebimento da Receita Anual Permitida (RAP) para a prestação do serviço a partir da operação comercial dos empreendimentos. O prazo das obras varia entre 36 a 63 meses.
O consumidor será beneficiado no processo de concessão. O leilão atingiu um deságio médio de 55,26%. O desconto na remuneração das novas concessões de transmissão possibilitará uma economia para os brasileiros de cerca de R$ 14,1 bilhões ao longo de 30 anos, destacou Pepitone. ;Conquistamos pleno sucesso;, comemorou.
Ao todo, foram 20 lotes arrematados por empresas privadas em 28 de junho, com média de quase nove ofertantes por lote. ;Tivemos 13 empresas estrangeiras ou de controle estrangeiro participando da concessão;, ressaltou. Com os R$ 6 bilhões previstos de investimento, a expectativa é de que o mercado de trabalho também seja impulsionado. A projeção é de que 14 mil empregos serão criados ao longo das obras.
O volume de recursos a ser aplicado mostra a pujança do consumidor de energia no Brasil, destacou Moreira, que comemorou a economia aos brasileiros. ;O que é curioso é que a quase totalidade de brasileiros não entendem o que estão pagando. A conta é uma complicação que só os que trabalham no setor conseguem decifrar isso;, declarou.
A assinatura dos contratos mostra que o governo tem orgulho de apresentar-se como reformista, destacou Temer no início do discurso. ;Foram várias reformas que há muito eram necessárias. E conseguimos levar adiante pois, hoje, podemos, naturalmente, celebrar uma outra reforma. Menos comentada, mas da maior importância, feita com muita reflexão;, disse.