Agência Estado
postado em 19/11/2018 18:54
A segunda-feira, 19, de menor apetite ao risco, tanto aqui quanto no exterior, em meio à baixa liquidez por conta dos feriados no Brasil e nos EUA nesta semana, levou à alta dos juros futuros. O principal condutor para o avanço das taxas, tanto nas pontas curtas e intermediárias quanto nas longas, foi o câmbio. O movimento se acentuou na parte da tarde, enquanto a moeda americana renovava máximas, seguindo o comportamento nos demais mercados emergentes.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou tanto a etapa estendida quanto a regular em 6,930%, de 6,862% de sexta-feira no ajuste, e a do DI para janeiro de 2021 encerrou a 7,950% na estendida e a 7,970% na regular, de 7,893% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2023 subiu de 9,153% para 9,160% na estendida e 9,190% na regular, e a do DI para janeiro de 2025 encerrou em 9,710% a estendida e em 9,730% a regular, de 9,692% no ajuste anterior.
"O movimento dos juros futuros está atrelado ao câmbio e também à liquidez mais reduzida por conta desta semana atípica de feriados", comenta Camila Abdelmalack, economista da CM Capital Markets. Além do feriado do Dia da Consciência Negra nesta terça-feira (20) em várias cidades do Brasil, os mercados nos EUA estarão fechados na quinta-feira (22) por conta do Dia de Ação de Graças e terão horário reduzido na sexta-feira (23), quando acontece a Black Friday.
O motivo para o dólar acelerar a alta ante moedas emergentes na etapa vespertina do pregão foram as declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Nova York, John Williams, de que a economia dos EUA se sai "muito bem", com forte crescimento no emprego. O dirigente defendeu que o Fed caminha para manter a elevação gradual das taxas de juros, embora tenha ressaltado que não há um rumo predeterminado para a política monetária.