postado em 25/11/2018 08:00
Um dos ministérios mais importantes e estratégicos para a retomada econômica do país, o de Minas e Energia, ainda vive sob a dúvida de quem vai comandar a pasta no governo eleito de Jair Bolsonaro (PSL). Três nomes são cotados para assumir o órgão: Paulo Pedrosa, ex-secretário do ministério, Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie) e o deputado federal Jaime Martins (Pros/MG).
O último, apesar de fazer parte da Comissão de Minas e Energia (CME), da Câmara, e informar que tem intensa atuação na área, não é um nome muito conhecido entre executivos do setor. Em nota, o parlamentar disse não ter recebido convite oficial para o ministério, mas exaltou seus conhecimentos no segmento e sua versatilidade. Segundo o texto, Jaime Martins é vice-presidente da Frente do Gás, químico industrial, engenheiro mecânico, engenheiro metalúrgico, advogado e especialista em administração financeira e marketing.
Paulo Pedrosa é reconhecido e respeitado no setor, mas enfrenta resistência de parlamentares do DEM, que viram várias de suas demandas no setor serem derrubadas pelo ex-secretário. O MDB também tem antipatia e é o partido com maior influência no Ministério de Minas e Energia há décadas. Com a eleição de Bolsonaro, poderá perder esse poder.
Pedrosa foi convidado para fazer uma apresentação para o professor da Universidade de Iowa, Luciano de Castro, que participou da campanha de Bolsonaro, para o futuro ministro da economia Paulo Guedes e para o vice-presidente Hamilton Mourão. Todos ficaram bem impressionados e indicaram o nome para Bolsonaro.
Adriano Pires também é respeitado pelo setor e especialista que tem grande conhecimento na área de petróleo e gás. O técnico também foi convidado pela equipe de transição para fazer uma apresentação sobre o setor energético. Pires tem proximidade com boa parte dos integrantes da equipe econômica de Guedes.