Agência Estado
postado em 28/11/2018 11:12
O Ibovespa operava em alta moderada na manhã desta quarta-feira, 28, após ter fechado com ganhos de quase 3% na sessão de terça-feira. Logo na abertura, houve uma leve correção desses ganhos, mas o índice à vista logo inverteu para o positivo com ações de Petrobras e de Vale engatando na alta. O recuo dos papéis do bloco financeiro limitava a alta. Às 10h42, o índice à vista subia 0,25%, aos 88.113,19 pontos.
Para Nicolas Balafas, operador da Planner Corretora, o fato de as discussões sobre o projeto que altera o contrato de cessão onerosa entre União e Petrobras pesa positivamente. Na terça, a sessão deliberativa do Senado encerrou sem que a revisão fosse aprovada. A pauta deve ser retomada na sessão desta quarta-feira.
Nesta última hora, o petróleo mudou de direção e passou a subir, mas perderam força. Nesta manhã, segundo o Ashburton Global Energy Fund, a correção para baixo vista nos preços do petróleo em outubro e novembro deverá ser revertida.
O preço do petróleo tipo Brent caiu para cerca de US$ 60 por barril, depois de ultrapassar US$ 86 em março último. Para o fundo de energia, no entanto, o petróleo deverá se recuperar nos próximos três meses, para uma faixa entre US$ 70 e US$ 80.
O índice também deve oscilar conforme as repercussões dos mercados acionários dos Estados Unidos. Por enquanto, os índices futuros apontam alta, mas os investidores ficam atentos aos dados do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos, de gastos com consumo e de vendas de moradias novas - e, posteriormente, às declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, com indicativos do prosseguimento da política monetária naquele país.
Internamente ainda ajuda o dólar comportado. Nesta quarta, o Banco Central faz leilões de linha em um total de US$ 1 bilhão. No plano político, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma julgamento da ação formulada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que questiona a extensão de um decreto de indulto natalino e comutação de penas a condenados assinado pelo presidente Michel Temer.