Agência Estado
postado em 28/11/2018 13:00
A hidrelétrica de Itaipu deve registrar este ano o novembro mais produtivo de sua história, superando a marca de 2017, por ora o melhor em 34 anos de operação. Até a terça-feira, 27, a usina produzia no mês 8,08 milhões de megawatts-hora (MWh). A expectativa é alcançar até o fim de sexta-feira 9,2 milhões de MWh. Se a previsão for confirmada, será a primeira vez que Itaipu superará num mês de 30 dias a marca de 9 milhões de MWh.
Desde o início do ano até agora, Itaipu gerou 87,4 milhões MWh, acima do total produzido em 2017 no mesmo período, de 86,04 milhões de MWh. Nesse mesmo período em 2016, ano em que a hidrelétrica bateu recorde mundial de produção, a usina gerou 93,2 milhões de MWh.
Segundo Itaipu Binacional, empresa que opera a usina, o desempenho de 2018 deve ficar entre os quatro melhores da história.
Se a produção de novembro for confirmada, serão necessários 7,95 milhões MWh em dezembro para o total anual superar 2017, ou seja, passar dos 96,3 milhões de MWh. Estatisticamente, a geração nesse patamar em dezembro ocorreu em 10 dos últimos 18 anos.
Marco
A usina de Itaipu também deve atingir um novo marco de sua história nesta quarta-feira (28). Por volta das 22h30, a hidrelétrica deve anotar um total de 2,6 bilhões de MWh de energia acumulada desde o início da operação, em maio de 1984. É a maior produção acumulada já registrada por uma hidrelétrica em qualquer tempo.
Para o diretor técnico executivo da usina, Mauro Corbellini, essa marca mostra que Itaipu está em pleno vigor, atingindo altos índices de eficiência. Ele destaca que nos últimos sete anos, Itaipu tem conseguido colocar mais 100 milhões de MWh nos sistemas interligados brasileiro e paraguaio a cada 380 dias.
Essa média já foi maior que 400 dias no passado. "A dedicação técnica de nossas equipes e a experiência acumulada têm feito a diferença no melhor aproveitamento possível dos recursos hídricos disponíveis", disse.
Os 2,6 bilhões de MWh são atingidos em meio ao início da implantação do projeto de modernização da usina. O foco do projeto está nos sistemas de controle, proteção, supervisão, regulação, excitação e monitoramento das unidades geradoras e subestações. A previsão é atualizar os sistemas de duas unidades geradoras por ano, o que deve durar dez anos.