A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,7% no trimestre encerrado em outubro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira (29/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado veio igual à mediana das estimativas (11,7%), calculada a partir das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 11,60% e 12,00%.
Em igual período de 2017, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,20%. No trimestre encerrado em setembro, a taxa era de 11,90%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.230 no trimestre terminado em outubro. O resultado representa alta de 0,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 201,964 bilhões no trimestre encerrado em outubro, alta de 1,9% ante igual período do ano anterior.
O país tinha 12,351 milhões de pessoas em busca de emprego no trimestre encerrado em outubro deste ano. Apesar do patamar elevado de desemprego, houve melhora em relação a igual período do ano anterior, segundo Pnad Contínua).
Há menos 389 mil desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um recuo de 3,1%.
O total de ocupados cresceu 1,5% no período de um ano, o equivalente à criação de 1,356 milhão de postos de trabalho. O contingente de inativos avançou 0,9%, 611 mil pessoas a mais nessa condição.
Como consequência, a taxa de desemprego passou de 12,2% no trimestre até outubro de 2017 para 11,7% no trimestre encerrado em outubro de 2018, o menor patamar desde o trimestre encerrado em julho de 2016, quando estava em 11,6%.
O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 54,5% no trimestre até outubro deste ano, ante 53,9% no trimestre até julho. No trimestre até outubro do ano passado, o nível de ocupação era de 54,2%.
Ganho de postos
O País ganhou 1,240 milhão de novos postos de trabalho em apenas um trimestre, enquanto 517 mil pessoas deixaram o contingente de desempregados.
A criação de vagas no trimestre encerrado em outubro em comparação ao trimestre terminado em julho superou o total de pessoas que deixaram de procurar emprego no período, puxando a taxa de desemprego para baixo, mesmo sem a ajuda do aumento da população inativa.
A taxa de desemprego passou de 12,3% no trimestre terminado em julho para 11,7% no trimestre encerrado em outubro.
No mesmo período, 383 mil pessoas deixaram a inatividade, ou seja, optaram por voltar à força de trabalho. A população inativa totalizou 65,108 milhões de pessoas no trimestre encerrado em outubro.
Massa salarial
A massa de salários em circulação na economia cresceu R$ 3,785 bilhões no período de um ano, para R$ 201,964 bilhões, uma alta de 1,9% no trimestre encerrado em outubro de 2018 em relação ao mesmo período de 2017, puxada pelo aumento no número de pessoas trabalhando.
Na comparação com o trimestre terminado em julho deste ano, a massa de renda real subiu 1,4%, com R$ 2,764 bilhões a mais. No mesmo período, 1,240 milhão de postos de trabalho foram criados.
O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve ligeira alta de 0,1% na comparação com o trimestre até julho, R$ 2 a mais. Em relação ao trimestre encerrado em outubro do ano passado, a renda média subiu 0,4%, para R$ 2.230, R$ 9 a mais que o salário de um ano antes.