Economia

Indicador de investimentos cai 0,4% em outubro ante setembro, diz Ipea

Foi a terceira variação negativa seguida, após o forte crescimento verificado nos meses de junho e julho, quando os investimentos cresceram 12,5% e 5,1%, respectivamente

Agência Estado
postado em 06/12/2018 13:20

Homem coloca cifrão dentro do bolso do seu paletó

O índice divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) registrou queda de 0,4% em outubro, comparado a setembro, na série com ajuste sazonal. Essa foi a terceira variação negativa seguida, após o forte crescimento verificado nos meses de junho e julho, quando os investimentos cresceram 12,5% e 5,1%, respectivamente.

Já na comparação com igual mês do ano anterior, o indicador atingiu patamar 5% superior. Para os 12 meses encerrados em outubro, o crescimento acumulado é de 4,2%.

"Isso revela uma recuperação gradual dos investimentos em 2018, resultado da percepção dos empresários de que o cenário econômico está melhor", afirma Leonardo Mello de Carvalho, técnico de planejamento e pesquisa do Grupo de Conjuntura do Ipea, responsável pelos dados.

Na comparação com o ajuste sazonal, o consumo aparente de máquinas e equipamentos (Came) - cuja estimativa corresponde à produção doméstica líquida das exportações acrescida das importações - cresceu 0,7% em outubro contra setembro.

Entre os componentes do Came, enquanto a produção interna de bens de capital líquida de exportações cresceu 1,3%, a importação de bens de capital recuou 3,6% na margem.

O indicador de construção civil, por sua vez, caiu 0,6%, após uma alta de 1,2% na série dessazonalizada. Os dados do Ipea mostram ainda que o trimestre móvel terminado em outubro cresceu 3,2% ante o período imediatamente anterior. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o bom desempenho foi generalizado.

O ritmo de crescimento do Came acelerou, passando de 4,9% em setembro para 13,5% em outubro. Já a construção civil e o componente outros registraram variações de 0,8% e 4% na comparação interanual, respectivamente.

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