Agência Estado
postado em 06/12/2018 13:34
A juíza Ana Lúcia Iucker Meirelles de Oliveira, da 3ª Vara Federal de São Bernardo do Campo (SP), decretou a prisão preventiva da vereadora Elian Santana (SD), da Câmara de Santo André, na Grande São Paulo, e de outros dois investigados na Operação Barbour. Todos são investigados pelo suposto rombo de R$ 170 milhões nos cofres da Previdência por meio de um esquema de aposentadorias fraudulentas.
Ficarão presos por tempo indeterminado um suposto intermediário do esquema, Adair Saar, e também Vitor Mendonça de Souza, servidor da Agência do INSS de Diadema - em sua residência, no dia da deflagração da Barbour, 26 de novembro, os federais apreenderam R$ 42 mil e US$ 3 mil em dinheiro vivo.
A magistrada soltou a chefe de gabinete da vereadora Lucilene Aparecida Ferreira Souza, mas impôs a ela medida cautelares. Na semana passada, a juíza havia prorrogado a prisão temporária. Segundo a investigação, o grupo "vendia" as aposentadorias no gabinete da própria vereadora.
Barbour, nome dado à operação, segundo a Polícia Federal, remete a um cientista que desenvolveu uma tese de que o tempo, na realidade, não existe.
A PF afirmou, no inquérito, que os pedidos de aposentadoria eram "aprovados" em apenas quatro minutos "sem que houvesse qualquer tipo, aparentemente, de avaliação dos documentos apresentados".
"Não restam dúvidas que Elian Santana utiliza seu gabinete e assessores para fins ilícitos, donde aufere, no mínimo, indevida vantagem política nesses expedientes espúrios", sustenta a PF.
Defesa
A reportagem está tentando contato com os citados. O espaço está aberto para as manifestações.