Economia

Embraer vai recorrer de suspensão do acordo com a Boeing

Justiça de São Paulo suspendeu a intenção de joint venture entre as duas empresas para criação de nova companhia na área de aviação comercial avaliada em US$ 4,75 bilhões

Simone Kafruni
postado em 07/12/2018 11:27
(FILES) (COMBO) This combination of file pictures shows the Boeing logo on the fuselage of a Boeing 787-10 Dreamliner test plane presented on the tarmac of Le Bourget airport near Paris on June 18, 2017, and the logo of Brazil's aircraft manufacturer Embraer also taken at Le Bourget airport, on June 23, 2013. US aerospace giant Boeing and Brazil's Embraer on July 5, 2018 signed an agreement to form a joint venture.Under terms of the deal, Boeing will hold an 80 percent stake while Embraer will hold the remaining 20 percent. / AFP / ERIC PIERMONT
Em fato relevante, a fabricante nacional de aeronaves Embraer anunciou na noite da quinta-feira (6/11) que tomou conhecimento da decisão proferida pela Justiça de São Paulo, que suspendeiu em caráter liminar, o acordo com a norte-americana Boeing. ;A companhia tomará todas as medidas judiciais cabíveis para reverter a referida decisão e manterá seus acionistas e o mercado informados acerca de quaisquer desdobramentos relevantes.;

O acordo de intenções assinado em julho pelas duas fabricantes de aeronaves foi suspenso pelo juiz Victorio Giuzio Neto, da 24; Vara Cível Federal de São Paulo, que tomou a decisão após analisar uma ação popular apresentada pelos deputados federais petistas Paulo Pimenta e Carlos Zaratini, ambos de São Paulo.

Nos termos do acordo, a Boeing teria 80% do novo negócio e a Embraer, 20%. ;Defiro parcialmente a liminar, em sentido provisório e cautelar para suspender qualquer efeito concreto de eventual decisão do conselho da Embraer assentindo com a segregação e transferência da parte comercial da Embraer para a Boeing através de ;joint venture; a ser criada;, decidiu Giuzio.

Segundo o magistrado, a medida foi necessária em razão da proximidade do recesso do Judiciário e da posse do presidente eleito Jair Bolsonaro. ;Considerando as alterações em equipes de governo e a ampla renovação do Poder Legislativo, é recomendável evitar que eventuais atos concretos se efetivem neste período criando uma situação fática de difícil ou de impossível reversão;, afirmou. O juiz, no entanto, não impôs ;qualquer tipo de obstáculo à continuidade das negociações entre as duas empresas;.

Em nota, a Advocacia Geral da União (AGU) informou, na quinta-feira, que ainda aguardava ser intimada oficialmente. ;A decisão será objeto de análise pela Advocacia-Geral da União e pelos órgãos envolvidos, bem como de estudos quanto aos recursos cabíveis.;

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