Hamilton Ferrari
postado em 13/12/2018 06:00
A indústria deve voltar a crescer mais que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2019, segundo estimativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Após divulgação do balanço de 2018, a entidade anunciou projeção de que a expansão do setor ficará em 3% em 2019, frente aos 2,7% esperados para a atividade econômica brasileira para o próximo ano. Na interpretação da equipe técnica da confederação, os resultados serão possíveis com avanço dos investimentos e do consumo das famílias, que devem subir 6,5% e 2,9%, respectivamente.
Na próxima segunda-feira, 17, debate promovido pelo Correio, em parceria com a CNI, discutirá O papel da indústria na retomada do crescimento econômico, com a participação do presidente da confederação, Robson Andrade; o futuro secretário-geral de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa; o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida; o economista e especialista em educação Cláudio Moura e Castro; e o diretor de operações do Senai, Gustavo Leal. O Correio Debate ocorrerá no auditório do jornal, das 8h30 às 13h30. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas, gratuitamente, no endereço www.correiobraziliense.com.br/correiodebate.
A CNI acredita que o cenário econômico de 2019 será mais favorável. A concretização dos números, porém, só será possível com a aprovação de reformas estruturais e a adoção de medidas que melhoram o ambiente de negócios. No cenário mais benigno, o PIB do país pode expandir 3% ou mais. Andrade afirmou que tem uma ;expectativa muito forte; de que o governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, vá conseguir fazer a reforma da Previdência.
;A principal reforma é a da Previdência. Essa é fundamental. Já existe na própria sociedade uma consciência de que ela precisa ser feita. É importantíssima para que o Brasil possa avançar;, disse. ;As outras (reformas) vão ter que caminhar em paralelo;, completou.
A projeção da CNI aponta que a taxa de desemprego cairá para 11,4% e a inflação ficará em 4,1% em 2019, ou seja, abaixo do centro da meta, de 4,25%.