Gabriel Ponte*
postado em 13/12/2018 06:00
Os motoristas da capital aproveitaram ontem o baixo preço da gasolina em diversos postos da cidade. Na Asa Norte, era possível encontrar o combustível a R$ 3,95. A expectativa, no entanto, é de que os preços não se mantenham abaixo de R$ 4, já que a Petrobras anunciou ontem aumento de 1,12% no preço das refinarias, que passam a comercializar o litro a R$ 1,6121. Neste mês, a alta já atinge 7,42% nas distribuidoras.
Apesar disso, nos postos houve queda nos últimos levantamentos do Correio. Ontem, o litro era vendido, em média, a R$ 4,10, com queda de, aproximadamente, 3% em relação à pesquisa da semana anterior, de R$ 4,22. Para o professor de administração pública da Universidade de Brasília (UnB), Roberto Piscitelli, a redução dos preços está relacionada ao valor do barril do petróleo no mercado internacional e a estabilização do câmbio.
Ele alerta, entretanto, que o mercado de commodities é muito volátil e o alívio agora pode não persistir. ;É preciso estar atento e acompanhar as variações, não abastecendo logo no primeiro estabelecimento;, recomendou. Na opinião dele, a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em restringir a produção de 1,2 milhão de barris de petróleo por dia (bpd), a partir de janeiro de 2019, ainda não produziu efeito nos preços internacionais.
Nas bombas, quem agradece é o bolso do consumidor. O empresário Alan Barreto, 38 anos, já sentiu a redução, mas não comemora. ;Por rodar o dia inteiro, gasto entre R$ 300 e R$ 400 por semana. Pesa muito no orçamento, mas reconheço que a queda é nítida;, disse. O empresário procura abastecer em um mesmo posto da cidade, por confiar na qualidade do combustível comercializado, o que ajuda no rendimento do veículo.
* Estagiário sob supervisão de Rozane Oliveira