Marília Sena*
postado em 14/12/2018 19:12
Com o crescimento do setor industrial em 0,4% no último trimestre de 2018, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa dos especialistas é que o cenário da indústria brasileira apresente resultados melhores em 2019. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) aposta que o crescimento do setor ficará em 3% no ano que vem, frente aos 2,7% para a atividade econômica brasileira para o próximo ano.
O assunto será debatido na próxima segunda-feira (17/12), no auditório do Correio Braziliense, das 8h30 às 13h. O Correio Debate reunirá especialistas para discutir a importância da indústria para o desenvolvimento do Brasil. De acordo com Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai, que participará do evento, é importante discutir o assunto devido a presença forte do tema na agenda do futuro governo. Para ele, o setor industrial tem forte correlação com o padrão educacional brasileiro. "O setor precisa ser mudado em vários aspectos, mas a grade curricular é primordial, o ensino técnico deve fazer parte do ensino médio", explicou.
Para o diretor de desenvolvimento industrial da CNI, Carlos Abijaodi, a discussão é importante devido a presença da indústria nos resultados do Produto Interno Bruto (PIB) e da capacidade de geração de empregos. "Esse tema é importante para o capital da economia, se a indústria crescer, ela tem que ter um capital forte", afirmou.
Segundo Abijaodi, a expectativa para a esfera da indústria em 2019 é de melhora e crescimento mais significativo. "Há a expectativa que os problemas estruturais do Brasil, como a Previdência, a tributação e a burocracia, sejam atacados de frente pelo novo governo", disse.
A CNI formulou um documento com 42 propostas para a melhora da indústria que foi entregue aos presidenciáveis durante a campanha eleitoral. Segundo Abijaodi, a mais importante das propostas é a reforma da Previdência. "Eu acho que hoje, para o Brasil poder crescer, é preciso controlar o deficit fiscal. Não estou colocando a culpa de tudo na previdência, mas ela é uma das causadores do deficit permanente;, concluiu.
Outros especialistas que estarão presentes no evento são: Robson Braga, presidente da CNI; Carlos Costa, secretário-geral de Produtividade e Competitividade do futuro ministério da Economia; Mansueto Almeida, secretário do Tesouro Nacional; Cláudio de Moura Castro, economista; Renata Amaral, especialista em Comércio Exterior da BMJ Associados; e André Portela, professor titular de Políticas Públicas da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas, até 16/12, pelo site www.correiobraziliense.com.br/correiodebate.
* Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca
* Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca