Marília Sena*, Andressa Paulino*
postado em 15/12/2018 07:00
Mesmo com o dólar a R$ 3,90, agências de turismo continuam vendendo muitos pacotes de viagem para os Estados Unidos nas férias. De acordo com a CVC, por coincidir com o recesso escolar, Orlando, onde ficam os parques temáticos da Disney, encabeça lista das localidades mais procuradas. Além da região, outras cidades norte-americanas são bastante comuns na lista de viagem de turistas brasileiros, como Miami e Nova York.
O estudante Gabriel Teles, 21 anos, vai aproveitar as férias da faculdade para viajar até a Flórida com a família, em janeiro. Ele conta que a alta do dólar não afetou tanto a futura viagem, porque o planejamento foi feito com um ano e meio de antecedência. ;A compra de dólares foi feita por meio de um investimento financeiro a médio prazo;, explicou.
O orçamento da , que vai durar 15 dias, ficou entre R$ 12 mil e R$ 16 mil para cada um dos cinco integrantes da família. Informar-se sobre a cidade e planejar os passeios também foi uma tática para economizar. ;Escolhemos apenas os parques de que mais gostamos, outlets e shoppings. Pesquisar sobre o clima da cidade também nos ajudou muito;, disse Gabriel.
Com a moeda norte-americana bastante valorizada, é preciso cautela para não fugir do orçamento e acabar mergulhado em dívidas. De acordo com o educador e terapeuta financeiro Jônatas Bueno, a viagem para os EUA é bem específica, já que inclui alguns passeios tradicionais, aluguel de carro, entre outros itens. Portanto, antes de partir para a aventura é preciso identificar que tipo de viagem se pretende fazer.
;A pessoa precisa definir se o objetivo é lazer, compras ou estudo;, destacou Bueno. Segundo ele, muita gente costuma ir sem planejamento, imaginando que poderá fazer todos os passeios e comprar sem restrições. Mas não é bem assim. ;Com o dólar alto, qualquer gasto extra pode se tornar um rombo no orçamento. Então, para quem acha que, por custar US$ 10, um produto é barato, é bom lembrar que US$ 1 equivale a quase R$ 4. É preciso fazer a conversão e ver se realmente o mesmo produto não pode ser encontrado no Brasil por um preço mais baixo;, explicou.
* Estagiárias sob supervisão de Odail Figueiredo