Economia

Abijaodi: não podemos ter proteção exagerada e nem abertura inconsequente

Segundo o diretor de desenvolvimento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a política industrial tem que ser o motor para a produtividade do país

Hamilton Ferrari
postado em 17/12/2018 10:50
Abijaodi declarou que 62% das empresas do país realizam algum tipo de inovação
Durante mais um Correio Debate, o diretor de desenvolvimento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi, defendeu que o processo de abertura comercial com outros país, mas disse que não pode ser feito de forma "inconsequente".

Segundo ele, a política industrial tem que ser o motor para a produtividade do país. As declarações foram dadas na manhã desta segunda-feira (17/12) no seminário "A importância da indústria para o desenvolvimento do Brasil", que ocorre no auditório do Correio Braziliense.

Abijaodi declarou que 62% das empresas do país realizam algum tipo de inovação. O percentual cresce para 92% quando se trata de multinacionais brasileiras. ;Não há como ter proteção exagerada e uma abertura inconsequente;, disse, mas enfatizou que a abertura possibilita grande no avanço de conhecimento de gestão e competitividade.

;Há a necessidade de internacionalizar as empresas. É importante esse contato com o mercado internacional, com seus competidores e com as inovações. Isso traz produtividade, eficiência e menor custo. Temos uma agenda ampla de inserção internacional;, comentou o diretor da confederação. Sobre a relação com o futuro governo, Abijaodi afirmou que a CNI estará ao lado para aquilo que for preciso.
O governo eleito de Jair Bolsonaro (PSL) defende uma ampla abertura econômica. Há um receio por parte do setor produtivo de que como será feito o processo de entrada de empresas produtos estrangeiros no Brasil, já que as companhias do país tem baixa competitividade por conta de uma série de fatores, inclusive a carga tributária elevada. Uma abertura abrupta poderia gerar a falência de empresas e desemprego no Brasil. Sobre a relação com o futuro governo, Abijaodi afirmou que a CNI estará ao lado para aquilo que for preciso.

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