Jaqueline Mendes
postado em 19/12/2018 06:00
São Paulo ; A empresária catarinense Sonia Hess, de 59 anos, se tornou um ícone do empreendedorismo feminino nas últimas décadas. Como herdeira de uma modesta fábrica de camisas no interior do estado, ela construiu uma das marcas de maior sucesso do setor de moda do Brasil, a Dudalina, que acabou se transformando na maior camisaria da América Latina. Em 2013, Sônia vendeu a companhia para o grupo Restoque, mas manteve uma posição como acionista. O negócio não significou a aposentadoria. Longe disso. Irrequieta, Sônia partiu para outros projetos. Como não poderia deixar de ser para uma empresária bem-sucedida, ela mergulhou com afinco nas novas atividades ; e que já são muitas. Além de ser vice-presidente do grupo Mulheres do Brasil, que luta para ampliar o protagonismo feminino na sociedade e que conta atualmente com 24 mil integrantes, Sônia é voz ativa em diversas iniciativas. Entre elas, a ONG Amigos do Bem, um dos maiores projetos sociais do Brasil, o Instituto Ayrton Senna, referência nacional em ações ligadas à educação, e a Fundação Dom Cabral, uma das melhores escolas de negócios da América Latina, onde está no conselho curador.
Na entrevista a seguir, Sônia detalha as ações ligadas a esses projetos e fala qual deve ser o papel das mulheres como agentes transformadores. Mas vai além. Ela diz o que espera do futuro governo Jair Bolsonaro e se revela uma otimista. ;Vejo que o novo governo está bem-intencionado;, afirma. ;Há um ambiente de esperança de que as coisas vão dar certo.; A executiva, porém, acredita que a sociedade civil precisa se mobilizar para ajudar o país a crescer. ;Os empresários acordaram para a necessidade de todos fazerem a sua parte, sem depender de governo. A sociedade civil precisa ; e deve ; cobrar, mas a transformação está em nós mesmos.;