Economia

Sistema está preparado para economia crescer 2,7% ao ano até 2023, diz ONS

Agência Estado
postado em 19/12/2018 14:02
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Barata, disse nesta quarta-feira, 19, que o setor elétrico não será empecilho para o novo governo se a economia voltar a crescer. Segundo Barata, mesmo que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça em média 2,7% até 2023, haverá energia suficiente para sustentar a atividade econômica. "Isso nos dá conforto e uma torcida muito grande para a economia crescer", disse a jornalistas em um balanço de final de ano. Para calcular a carga o ONS utiliza o PIB projetado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que prevê crescimento do PIB de 2,3% em 2019, 2,7% em 2020 e 2,9% em 2023. Barata informou que ainda não teve nenhuma reunião formal com a equipe de transição do governo, mas foi "apresentado rapidamente" ao novo ministro de Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque e conversou "há algum tempo" com o professor Luciano de Castro, um dos principais nomes da equipe de transição do setor se energia do governo de Jair Bolsonaro. "A primeira reunião formal será do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, em 9 de janeiro, se não chamarem antes", afirmou o executivo. Barata destacou que este ano os reservatórios das hidrelétricas vão fechar o ano muito melhor do no ano passado, o que garante que a bandeira verde da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve durar pelo menos até janeiro. Os reservatórios do Nordeste fecharam 2017 com 12,8%, e devem fechar 2018 em 42,4%; os reservatórios do Sudeste passaram de 22,5% para 28,4% de um ano para outro; a região Norte, de 23,3% em 2017 para 41,2% este ano; e a região Sul de 57% para 63% na mesma comparação. "Melhoraram as condições climáticas, não foi só o aumento de chuvas, e teve também a gestão das bacias também, como a redução da vazão do rio São Francisco", explicou. A melhor gestão do setor conta também com o crescimento de geração, como no caso das usinas eólica, que passaram de uma participação na matriz de 7,4% em 2017 para 8,2% este ano.

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