Economia

Taxas de juros rondam estabilidade após abertura

Agência Estado
postado em 26/12/2018 10:51
Os juros futuros operam na manhã desta quarta-feira, 26, ao redor dos ajustes de sexta-feira (21) e com pouca liquidez, em dia de agenda fraca e apesar de o dólar mostrar alta moderada ante o real. Às 9h30, o DI para janeiro de 2021 exibia 7,41%, de 7,40% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2023 estava em 8,61%, mesma taxa do ajuste anterior, enquanto o vencimento para janeiro de 2025 marcava 9,22%, na máxima, de 9,21% no ajuste anterior. A sessão desta quarta-feira tende a ser de movimentação limitada e liquidez reduzida no mercado de juros em semana mais curta entre os feriados de Natal e Ano Novo. O dólar opera misto nesta manhã no exterior e pode ter volatilidade ante o real em meio à disputa pela formação da Ptax do mês. Aqui, o investidor olha a pesquisa Focus e o IPC-S, mas não há nenhum condutor forte para os negócios e o cenário interno continua sendo favorável à manutenção da Selic em 6,50% por várias reuniões em meio ao quadro de fraqueza nos preços. Na sexta-feira, o IPCA-15 de dezembro mostrou deflação de 0,16%, superando a mediana estimada de 0,12%. Foi é o menor resultado mensal registrado desde julho de 2017 e o menor para um mês de dezembro desde a implantação do Plano Real, em 1994. Na segunda-feira, 24, a Focus mostrou que a mediana para o IPCA este ano caiu de 3,71% para 3,69%. A projeção para o índice no próximo ano recuou de 4,07% para 4,03%. O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que seguiu em 4,00% pela 77ª semana seguida. A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está abaixo do centro da meta deste ano, de 4,5%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). A mediana das previsões para a Selic no próximo ano caiu de 7,50% para 7,25%. Há um mês, analistas previam 7,75%. No exterior, embora nesta quarta os futuros de Nova York estejam no azul, na segunda-feira as bolsas caíram quase 3% em Wall Street, em meio à paralisação parcial do governo americano e às críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). Na segunda-feira, Trump disse em sua conta no Twitter que "o único problema da nossa economia é o Fed". O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) inverteu o sinal de queda para alta de 0,10% na terceira quadrissemana de dezembro, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na segunda leitura do mês, o IPC-S teve queda de 0,03%.

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