Economia

Bolsas da Europa acompanham mau humor em NY e fecham em queda

Agência Estado
postado em 27/12/2018 14:54
Após registrarem ganhos durante a manhã, as bolsas europeias fecharam em queda nesta quinta-feira, 27, acompanhando o mau humor nos EUA e queda do petróleo. Após dois dias de mercados fechados devido ao feriado de Natal, o índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, fechou em queda de 1,50%, aos 6.585,91 pontos; o CAC 40, de Paris, perdeu 0,60%, para 4.598,61 pontos; e o DAX, da Bolsa de Frankfurt, encerrou o dia no menor nível desde novembro de 2016, ao cair 2,37%, para 10.381,51 pontos. Na Bolsa de Milão, o FTSE-MIB teve retração de 1,81%, para 18.064,62 pontos; em Madri, o Ibex 35 caiu 1,38%, aos 8.363,90 pontos; e, em Lisboa, o índice PSI 20 recuou 1,14%, para 4.587,45 pontos. Após subirem em torno de 5% na sessão de quarta-feira, as bolsas de Nova York passaram por um ajuste, impulsionado por preocupações em torno da continuidade da paralisação parcial do governo norte-americano, cautela com uma piora na relação comercial entre os EUA e a China e mais um dado negativo em Pequim, o que reforça a ideia de desaceleração econômica no gigante asiático. Nesta quinta, a agência de notícias Reuters informou que o governo dos EUA está considerando lançar um decreto presidencial para declarar uma "emergência nacional" que proibiria empresas americanas de utilizarem equipamentos de telecomunicações fabricados pelas chinesas Huawei e ZTE, segundo três fontes com conhecimento do assunto. O decreto, que vem sendo estudado há mais de oito meses, poderá ser emitido já no próximo mês. Washington alega que as duas empresas trabalham a mando do governo chinês e que seus equipamentos podem ser usados para a espionagem de americanos. A decisão elevaria o tom das disputas comerciais entre as duas potências mundiais. Entre os indicadores, o lucro de grandes empresas industriais da China registrou em novembro sua primeira queda em quase três anos, devido em grande parte a uma desaceleração nas vendas. No último mês, o lucro industrial na China diminuiu 1,8% em relação a novembro do ano passado, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, pela sigla em inglês) do país. Em outubro, o lucro havia crescido 3,6% na comparação anual. Diante disso, as ações de algumas grandes mineradoras e petrolíferas europeias recuaram. Os papéis da BP perderam 2,62% e os da Royal Dutch Shell recuaram 1,20%, enquanto os do BHP Group cederam 1,69% e os da Antofagasta caíram 1,43%. Os preços do petróleo, que nesta quinta caem mais de 2%, devolvendo parte dos ganhos de quarta em torno de 7%, contribuíram para a queda das petrolíferas. No Reino Unido, o setor imobiliário foi penalizado, com os preços dos imóveis em queda atingindo o setor em cheio. De acordo com o CMC Markets, as construtoras do Reino Unido parecem um pouco céticas com 2019 devido às incertezas com o Brexit. "Independentemente do resultado político, os construtores residenciais provavelmente sentirão o aperto, já que o mercado imobiliário está diminuindo enquanto os custos estão subindo e há uma sensação de que estamos além do pico do mercado", diz David Madden, da CMC. As construtoras Persimmon e Taylor Wimpey recuaram 1,03% e 1,08%, respectivamente. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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