A Petrobras reduziu para R$ 1,4537 o valor cobrado pelo litro do combustível nas refinarias. O preço é o menor dos últimos 15 meses. A última vez que o litro da gasolina foi vendido por menos de R$ 1,50 foi em setembro de 2017. Para César Bergo, especialista em mercado financeiro da Universidade de Brasília (UnB), a redução no preço é o resultado da lua-de- mel com o novo governo e do cenário internacional. ;Os discursos dos ministros estão gerando uma calmaria no mercado e o dólar está voltando ao patamar mais baixo. Isso influencia no valor do combustível.;
A proximidade da posse de Jair Bolsonaro fez com que o preço da gasolina começasse a cair nos postos de Distrito Federal em meados de dezembro. Ontem, pesquisa realizada pelo Correio em 30 estabelecimentos mostrou que o bom humor com o novo governo se mantém. O litro do combustível, na maioria dos estabelecimentos, era vendida a menos de R$ 4. Os preços variavam entre R$ 3,889 e R$ 4,679.
A empresária Lezani de Souza enfrentou uma fila de 20 minutos para pagar R$ 3,899 no litro do produto em um posto na 206 Norte. Ela lamenta que precise esperar e rodar a cidade para encontrar preços mais em conta. ;É um absurdo que ainda cobrem tão alto pelo combustível;, reclamou.
Na opinião de Bergo, a guerra entre os postos deve manter o valor da gasolina nessa média, já que as quedas de preço anunciados da Petrobras tardam a chegar para os consumidores. ;Muitos estabelecimentos ainda têm combustível em estoque. É por isso que alguns preços baixam e outros não, mas a competição entre eles vai favorecer o consumidor;, explicou.
O presidente do Sindicombustíveis, Paulo Tavares, concorda que a disputa entre os postos é que faz os preços caírem, mas reclama que a margem de lucro dos estabelecimentos continua muito baixa. ;A redução da Petrobras é pouca diante do que os postos de gasolina reduzem;, afirmou.
*Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira