Economia

Secretário da Receita defende a desoneração da folha de pagamento

Atualmente, a desoneração da folha consiste na substituição da contribuição previdenciária patronal pela incidência de tributo sobre faturamento

postado em 11/01/2019 06:00
Marcos Cintra
O secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, afirmou que a desoneração da folha de pagamento está entre as prioridades do governo. Segundo ele, a alta incidência de tributos sobre a folha de pagamento é a primeira preocupação do atual gestão e criticou a maneira ;desestruturada; com a qual foi feita durante a gestão petista. ;A desoneração da folha foi feita em cima de demandas setoriais, mas queremos fazê-la de forma sistêmica, mais abrangente. Já estamos rodando simulações;, disse.

Atualmente, a desoneração da folha consiste na substituição da contribuição previdenciária patronal pela incidência de tributo sobre faturamento. A proposta da equipe econômica prevê uma desoneração mais ampla. ;Acho que temos que desonerar a folha de salários como um todo. E isso implica que não só contribuições previdenciárias, mas até mesmo questões de Imposto de Renda incidente sobre folha de salários, incidente sobre rendimentos do trabalho, poderão ser objetos desses estudos;, explicou.

Perguntado como o governo pretende compensar a perda de arrecadação decorrente dessa medida em um momento em que as contas públicas seguem deficitárias, Cintra negou que a recriação da CPMF seja uma das opções sobre a mesa. Ele destacou que o próprio presidente Jair Bolsonaro já disse que não haverá uma reedição do chamado ;imposto do cheque;.

;Buscamos a racionalização do sistema tributário com a redução da carga de impostos. Uma forma de compensação pode vir pelo tributo sobre o faturamento das empresas. Também pode haver uma tributação adicional sobre outras bases e tributos indiretos. A meta é não aumentar a carga, mas, sim, aumentar os empregos;, afirmou.

O secretário da Receita confirmou a intenção do governo em reduzir as alíquotas do Imposto de Renda. ;A mudança do IR está na nossa pauta, mas não é uma prioridade imediata. A prioridade para o governo é a aprovação da reforma da Previdência. Com isso, temos mais tempo para elaborar um projeto de reforma não só do IR, mas do sistema tributário como um todo;, disse.

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