Agência Estado
postado em 14/01/2019 10:26
Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica) para o fim de 2019. O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira, 14, que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 7,00% ao ano. Há um mês, estava em 7,50%. Já a projeção para a Selic no fim de 2020 seguiu em 8,00%, igual ao visto quatro semanas atrás.
No caso de 2021, a projeção também seguiu em 8,00%, igual ao verificado um mês antes. A projeção para a Selic no fim de 2022 permaneceu em 8,00%, mesmo patamar de um mês antes.
Em 12 de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a manutenção, pela sexta vez consecutiva, da Selic em 6,50% ao ano.
Ao mesmo tempo, o BC indicou que a Selic tende a permanecer no atual nível - o mais baixo da história - pelo menos nos primeiros meses do governo de Jair Bolsonaro. Entre as indicações, o colegiado avaliou que, desde o encontro anterior, de outubro, houve alta do risco de a ociosidade na economia produzir inflação abaixo do esperado.
Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a mediana da taxa básica em 2019 passou de 6,50% para 7,00% ao ano, ante 7,00% de um mês antes. No caso de 2020, seguiu em 8,00% e, para 2021, permaneceu em 8,00%. Há um mês, estavam em 8,00% em ambos os casos. Para 2022, a projeção do Top 5 também permaneceu em 8,00%, igual ao visto um mês antes.
Ciclo de alta
Em um ambiente de inflação baixa e atividade ainda fraca, os economistas do mercado financeiro esperam pela manutenção da Selic (a taxa básica) no atual patamar, de 6,50% ao ano, até outubro de 2019, quando o Banco Central daria início a um novo ciclo de alta de juros.
Conforme o Sistema de Expectativas de Mercado do relatório Focus, divulgado nesta segunda, a projeção é de que a Selic suba de 6,50% para 6,75% em outubro. Depois, em dezembro de 2019, a taxa passaria para 7,00% ao ano. De acordo com o Sistema de Expectativas, a Selic seguiria subindo até abril de 2020, quando atingiria 8,00% ao ano, encerrando o ciclo de alta.