Agência Estado
postado em 14/01/2019 19:12
A bolsa brasileira furou a resistência dos 94 mil pontos e nesse nível se manteve até o fechamento do pregão, evidenciando um descolamento de seus pares no exterior, que operaram o dia em queda. O Ibovespa encerrou a sessão de negócios em nova máxima histórica, aos 94.474,13 pontos, em alta de 0,87%, e giro financeiro de R$ 13,7 bilhões.
Pela percepção de analistas, o mercado acionário doméstico ainda está sendo muito pautado pelas expectativas positivas, principalmente em relação ao andamento da reforma da Previdência e a movimentação do novo governo. "E até o momento não houve nada que tenha desabonado essa expectativa", ressalta Ariovaldo dos Santos, gerente da mesa de renda variável da H.Commcor.
Nesta segunda-feira, 14, o Broadcast revelou que o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, se reuniu com os especialistas que vão integrar o conselho consultivo a ser criado para discutir mudanças nas regras de aposentadoria do País. Na sexta-feira, Marinho se encontrou separadamente com os integrantes do conselho, e uma das principais discussões ocorreu em torno da definição do tempo de transição da reforma. O colegiado, ainda não oficializado, deve contar com Armínio Fraga, Paulo Tafner, Fabio Giambiagi, José Marcio Camargo, Solange Paiva e Aloisio Araujo.
Aliado ao andamento das questões técnicas, analistas lembram que o caminho político para a aprovação também vem avançando. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), candidato à reeleição já conseguiu angariar apoio declarado de mais de 257 votos, com siglas como Avante, Solidariedade, PSD, PR, PSDB, Podemos, PPS, PROS e PSC, além do PSL. Isso faltando duas semanas para a votação, que será fechada.
Durante o pregão, o Ibovespa foi sustentado pelo desempenho de ações do bloco financeiro, que, inclusive, encerraram nas máximas: Itaú Unibanco PN subiu 0,74%, a R$ 37,88, Bradesco PN avançou 1,18%, a R$ 41,99, e Banco do Brasil ON ganhou 2,32%, a R$ 49,83. Também influenciaram positivamente as ações da Sabesp ON (5,34%) e de outras empresas estatais diante das perspectivas de privatização.