Agência Estado
postado em 15/01/2019 18:54
Com uma valorização de 7,02% em apenas dez pregões neste ano, os investidores optaram por uma pausa para realização de lucros na sessão de negócios desta terça-feira, 15. No entanto, o Ibovespa conseguiu defender a marca dos 94 mil pontos, mesmo recuando 0,44% (94.055,72). E, por mais um dia, o mercado acionário brasileiro operou em sinal contrário ao de seus pares em Nova York, que mostraram menor aversão ao risco após o governo chinês sinalizar com possíveis estímulos àquela economia.
Perto do fim do pregão, as ordens de venda se acentuaram pontual e levemente, imediatamente após o parlamento britânico ter anunciado que rejeitou - com 432 votos a 202 - os termos do acordo para o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia.
Segundo Rafael Winalda, da equipe da Toro Investimentos, quando o Ibovespa perdeu o suporte dos 94 mil pontos, na parte da tarde, houve um fluxo vendedor grande, levado pelas ações do bloco financeiro. Os investidores aceleraram as ordens de venda de papéis do Itaú Unibanco, instituição que tem peso de 10,90% no novo Ibovespa.
Analistas ressaltam ainda que, embora haja uma entrada gradual dos investidores estrangeiros, o volume maior virá quando as reformas forem aprovadas. De acordo com a B3, os não-residentes ingressaram com R$ 269,024 milhões no pregão da última quinta-feira (10). Mas, em janeiro, a bolsa ainda acumula saldo negativo de R$ 869,602 milhões.
Pesquisa do Bank of America (BofA) divulgada nesta terça mostra que 80% dos participantes ainda querem ver a reforma aprovada para ficar com uma percepção mais positiva sobre o Brasil. Essa visão não mudou de dezembro para cá.
Na sessão desta terça, as blue chips encerraram todas no vermelho, com destaque para o recuo de 2,29% das units do Santander, que acumulam valorização de 12,80% em janeiro. Em seguida, os papéis do Itaú Unibanco caíram 1,56% e do Banco do Brasil, 1,16%. As ações da Petrobras ON (-0,32%) e PN (-0,08%), que operaram em grande parte do dia em alta, sucumbiram mesmo com as cotações do petróleo no mercado internacional subindo.