Economia

Ações da Eletrobras disparam quase 5% com anúncio de plano de demissões

Em comunicado, estatal informou que vai abrir, na próxima segunda-feira, um programa para desligar 2,1 mil funcionários de forma consensual. Mercado aprovou a medida

Simone Kafruni
postado em 18/01/2019 16:13
Em comunicado, estatal informou que vai abrir, na próxima segunda-feira, um programa para desligar 2,1 mil funcionários de forma consensual. Mercado aprovou a medida
Os papéis da Eletrobras são o destaque na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) nesta sexta-feira (18/01). As ações ordinárias subiam 4,98% e as preferenciais, 4,68% às 15h50. A euforia do mercado é reflexo do anúncio do Plano de Demissão Consensual (PDC) de 2019, que será aberto na próxima segunda-feira.

Em comunicado, a empresa afirmou que a meta é o desligamento de 2.187 funcionários, com uma economia estimada em R$ 574 milhões ao ano. O custo das demissões foi calculado em cerca de R$ 731 milhões. As adesões voluntárias ao PDC ocorrerão por um período de 30 dias.

De acordo com a estatal, que está na fila das privatizações, o plano sendo implantado simultaneamente na holding e nas empresas Eletrobras Cepel, CGTEE, Chesf, Eletronuclear, Eletronorte, Amazonas GT, Eletrosul e Furnas. O objetivo é que a Eletrobras chegue, ainda em 2019, a cerca de 14,5 mil funcionários. Em 2016, tinha 26 mil.

O PDC ;é uma das iniciativas previstas no Plano Diretor de Negócios e Gestão (PDNG 2019-2023), chamado de Desafio 23: Excelência Sustentável, que foi anunciado ao mercado por meio de Fato Relevante em 27 de dezembro de 2018;, destacou a companhia no comunicado ao mercado.

Privatização


A Eletrobras ; Centrais Elétricas Brasileiras S.A. é uma sociedade de economia mista e de capital aberto sob controle acionário do governo federal. Criada em 1962 para coordenar todas as empresas do setor elétrico do Brasil, atuava como uma holding, dividida em geração, transmissão e distribuição.


No ano passado, as seis distribuidoras da companhia foram arrematadas em leilões por empresas privadas do setor elétrico. A holding e as subsidiárias de geração e transmissão também estão qualificadas para privatização. Atualmente, a companhia é responsável por um terço do total da capacidade instalada de geração de energia e por quase a metade das linhas de transmissão do país.

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