Agência Estado
postado em 23/01/2019 13:00
O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, comemorou nesta quarta-feira, 23, o resultado positivo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em 2018 e reforçou que o novo governo pretende aprofundar a reforma trabalhista neste ano.
"O governo atual vai acentuar as conquistas estabelecidas com a reforma trabalhista e retirar mais trabalhadores da informalidade. Acreditamos que há necessidade de retirarmos ainda mais a tutela do Estado na relação entre empregadores e empregados", afirmou o secretário. "O modelo tradicional de emprego com carteira assinado precisa ser apoiado, mas precisamos olhar novas modalidades de emprego já adotadas pela sociedade, como os trabalhadores por aplicativos", detalhou.
O mercado de trabalho brasileiro criou 529.554 empregos com carteira assinada em 2018, de acordo com dados divulgados nesta quarta pelo Ministério da Economia. O primeiro resultado positivo anual depois de três anos de retração no emprego também foi o melhor desempenho desde 2013, quando foram gerados 1,138 milhão empregos na série com ajustes.
"O Caged positivo em 2018 marca uma inflexão da trajetória do emprego formal no País. Esse foi o primeiro resultado positivo desde 2014, e isso mostra que os equívocos da política econômica nos últimos anos ficaram claros. O período entre 2012 e 2017 é para ser esquecido na história do País, esses erros não podem se repetir no futuro", completou Marinho.
Para o secretário, se não houvesse acontecido a greve dos greve dos caminhoneiros no primeiro semestre do ano passado, o resultado do Caged de 2018 seria melhor. "Esperamos que o saldo de empregos em 2019 seja ainda melhor que o de 2018", concluiu, sem estimar uma projeção para este ano.
Simplificação
O secretário de Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, disse que o atual governo trabalha pela simplificação das estruturas tributárias e trabalhistas, com o objetivo de combater a informalidade no mercado de trabalho.
"Um nível de 40% de informalidade não pode ser atacado com uma iniciativa apenas, e não é causada somente pela falta de fiscalização. Essa informalidade está relacionada também com as estruturas tributária e trabalhista que precisam ser simplificadas, para que não haja essa diferença tão grande de custos entre o emprego formal e informal", comentou ele, sem entrar em detalhes sobre as medidas que o governo pretende adotar.