Economia

Ibovespa encerra em baixa de 2,29%, com mau humor global e Vale

Agência Estado
postado em 28/01/2019 18:44
Em um dia de mau humor global pela perspectiva de maior desaceleração econômica, o forte recuo das ações da Vale por causa do acidente em uma barragem em Brumadinho (MG) consolidou o peso negativo sobre o Ibovespa, que despencou 2,2 mil pontos desde a abertura nesta segunda-feira, 28. As perdas só não foram maiores porque, durante a tarde, a força dos papéis dos bancos, que têm peso relevante na carteira, amparou o movimento baixista e ajudou o principal índice do mercado acionário local a defender a marca dos 95 mil pontos. A temporada de balanços tem início nesta semana com a divulgação dos resultados de Bradesco e Santander. O Ibovespa fechou a sessão de negócios em queda de 2,29%, aos 95.443,88 pontos, mas entra na última semana de janeiro ainda acumulando rendimentos de 8,60% em 2019. Vale ON fechou em queda de 24,52% enquanto Bradespar PN, empresa do Bradesco que tem como maior participação papéis da mineradora, recuou 24,49%. "A complexidade em mensurar os danos causados pelo acidente torna a análise ainda mais difícil, impossibilitando a mensuração exata de todos os impactos que o acidente pode causar", complementa o supervisor do Research da Ativa Investimentos, Pedro Guilherme Lima, em relatório enviado a clientes. Nesta segunda-feira, ao menos quatro escritórios de advocacia (Wolf Popper; Bronstein, Gewirtz & Grossman; Rosen Law e Tha Schall) anunciaram a intenção de entrar com ação coletiva contra a Vale na Justiça americana. Durante a sessão, também contribuiu para ampliar as ordens de venda dos investidores, as quedas dos papéis da Petrobras, que espelharam a desvalorização em torno de 3% do petróleo no mercado internacional. As ações ordinárias da petroleira encerraram em queda de 3,53% e as preferenciais, de 3,01%. Pelo lado positivo, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o secretário de Fazenda do Estado de São Paulo, o ex-ministro Henrique Meirelles, reafirmou a intenção de fazer uma entrada de capital privado na Sabesp. Mas, segundo ele, depende de uma Medida Provisória em tramitação no Congresso. Se aprovada e transformada em lei, haverá possibilidade concreta de privatização da companhia, com a venda do controle e a possível estrada de mais de R$ 10 bilhões no caixa público estadual. Caso contrário, a opção é capitalização da holding. As ações da Sabesp encerraram o dia em alta de 1,41% no pregão.

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