Agência Estado
postado em 30/01/2019 11:13
O Ibovespa abriu e segue em alta de mais de 1% com o apoio direto da Vale ON, a ação mais negociada no início de pregão desta quarta-feira, 30, com quase quatro vezes o giro financeiro da segunda colocada (perto das 11 horas, de Brasília). Na máxima, a ação da mineradora subiu mais de 8%.
As ações da Petrobras também sobem nesta quarta-feira de alta do petróleo em Londres e em Nova York. Nesta quarta, a petroleira informou que o processo de venda da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), à Chevron está em fase de negociação. "Embora as negociações estejam em estágio de conclusão, a operação ainda não foi apreciada pelo Conselho de Administração da Companhia."
O investidor observa as perdas nas Units do Santander Brasil, que reportou lucro líquido gerencial, que não exclui o ágio de aquisições, de R$ 12,398 bilhões em 2018, incremento de 24,6% em relação ao de 2017, que ficou em R$ 9,953 bilhões. Assim, o banco superou a meta que Sergio Rial, presidente do Santander, teria prometido aos funcionários da instituição, em festa de final de ano de 2017.
Ainda hospitalizado, Jair Bolsonaro reassume nesta quarta as funções como Presidente da República num momento de otimismo renovado com a agenda de reformas e privatizações. Na terça, foi divulgado que a proposta para a Previdência será apresentada na segunda ou terceira semana de fevereiro. No Congresso, seguem as negociações para as eleições das Presidências das duas casas, sendo que a atenção recai sobre Senado Federal, onde o processo segue indefinido.
Às 10h29, o Ibovespa subia 1,30% aos 96.884 pontos. Na máxima, marcou 97.107 pontos em alta de 1,53%. A Unit do Santander caía 2,29%, horas depois de o banco divulgar lucro líquido gerencial de R$ 12,398 bilhões, incremento de 24,6% em relação ao de 2017 e maior que a meta do banco. A Vale ON subia 7,11%, depois de bater máxima intraday em alta de 8,2%. A PN da Bradespar subia 5,15%.
Ainda sobre a Vale, o ex-secretário nacional de Minas e Metalurgia e consultor da Adhoc Consultores Associados, Luciano Borges, estima que as perdas financeiras da Vale ao longo dos próximos três anos podem atingir até US$ 15 bilhões, em razão da paralisação da produção anual de 40 milhões de toneladas de minério de ferro e os demais gastos com a tragédia de Brumadinho. Convertendo para reais, o montante calculado por Borges é inferior aos R$ 71 bilhões perdidos na segunda-feira em valor de mercado.