Economia

Petrobras assina acordo para venda da Refinaria de Pasadena por US$ 562 mi

O valor da transação é de US$ 562 milhões, sendo US$ 350 milhões pelo valor das ações e US$ 212 milhões de capital de giro

Ingrid Soares
postado em 30/01/2019 21:12

Refinaria de Pasadena

A Petrobras assinou hoje (30/1) um acordo de venda com a Chevron nas empresas que compõem o sistema de refino de Pasadena, nos Estados Unidos. O valor da transação é de US$ 562 milhões, sendo US$ 350 milhões pelo valor das ações e US$ 212 milhões de capital de giro. No entanto, o valor final está sujeito a ajustes de capital de giro e a conclusão da transação está sujeita ao cumprimento de condições precedentes usuais, tais como a obtenção das aprovações pelos órgãos antitruste dos Estados Unidos e do Brasil.

[SAIBAMAIS]Em comunicado, a empresa informou que estão sendo vendidas as sociedades Pasadena Refining System Inc. (PRSI), responsável pelo processamento de petróleo e produção de derivados, e PRSI Trading LLC (PRST), que atua como braço comercial exclusivo da PRSI, ambas detidas integralmente pela Petrobras America Inc. (PAI). A PRSI possui capacidade de processamento de 110 mil bpd e está localizada na cidade de Pasadena, no Golfo do México, Texas.

A Petrobras ressaltou ainda que a refinaria é independente do Sistema Petrobras, que pode operar com correntes de petróleos médios e leves e produz derivados que são comercializados tipicamente no mercado doméstico americano.

Em 2014, a refinaria foi alvo de investigação envolvendo a ex-presidente Dilma Rousseff que na época era presidente do conselho de administração da Petrobrás.

Em outro comunicado, a Petrobras informou que realizou hoje (30) o pagamento de US$ 682,6 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões) para um fundo que investirá em projetos anticorrupção, no âmbito de um acordo firmado com o Ministério Público Federal em setembro de 2018. A cifra representa 80% do valor do acordo firmado pela estatal com autoridades dos EUA para cessar ações relacionadas ao esquema de corrupção desvendado pela Lava-Jato.

A pasta esclareceu que a assinatura do acordo não implica, por parte da Petrobras, confissão ou reconhecimento de responsabilidade por danos alegados por terceiros ou da existência de algum prejuízo por eles experimentado.

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