Agência Estado
postado em 31/01/2019 12:07
O total de pessoas trabalhando no País alcançou o recorde de 93,002 milhões de trabalhadores no trimestre encerrado em dezembro, mas impulsionado ainda pela informalidade, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, a recuperação da carteira de trabalho assinada no setor privado é o indicador que realmente mostrará que a crise no mercado de trabalho passou. "Quando ela começar a subir é um indicativo que a pesquisa vai mostrar que a crise está indo embora", disse Azeredo.
O avanço nas contratações com carteira de trabalho depende de uma melhora da economia, apontou Azeredo. "A indústria tem que voltar a produzir e contratar, a construção tem que retomar as obras", explicou. "É ilegal contratar sem carteira", lembrou.
O mercado de trabalho abriu 24 mil vagas com carteira assinada no setor privado no trimestre encerrado em dezembro, em relação ao trimestre terminado em setembro. Por outro lado, o contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado aumentou em 31 mil pessoas, para o patamar recorde de 11,542 milhões de pessoas nessa condição.
Outros 352 mil indivíduos aderiram ao trabalho por conta própria, para um recorde de 23,848 milhões nessa situação.
Já a carteira assinada no setor privado manteve-se no menor patamar da série histórica iniciada em 2012: 32,997 milhões, resultado considerado estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior, por conta da margem de erro da pesquisa. O País fechou 324 mil vagas com carteira assinada em relação a um ano antes.
O setor público teve recuo de 98 mil postos de trabalho em apenas um trimestre. O emprego como trabalhador doméstico aumentou em 15 mil pessoas. Houve mais 103 mil empregadores no período.